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Imea reajusta previsão para safra de milho em 1 milhão de toneladas

No entanto, mesmo com a recuperação, o volume da produção ainda está 10,05% inferior ao recorde registrado na safra 2016/2017

O instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) atualizou os dados da safra 2017/2018 do milho em Mato Grosso, revisando positivamente a área cultivada e a produtividade aguardada para a safra, refletindo também nas perspectivas para a produção do cereal no Estado.

Diante da valorização dos preços do milho e das melhores perspectivas climáticas durante o desenvolvimento das lavouras ainda no período em que se antecedia a semeadura, a área foi revisada em 1,11% nesta nova estimativa, ficando agora prevista em 4,62 milhões de hectares. No entanto, em consequência do custo alto de produção e da preferência pelo cultivo do algodão de segunda safra, a área continua inferior em relação à safra passada, em 2,56%.

Em relação a produtividade, mesmo com a redução pluviométrica durante o mês de maio em grande parte do estado, os bons volumes de chuva durante os meses anteriores não trouxeram grandes prejuízos nos rendimentos a campo na maioria das regiões produtoras e com isso a produtividade passa a ser estimada em 98,86 sacas/ha na média do estado.

Nesse sentido, a região oeste do estado continua exibindo a melhor perspectiva, com média de 107,25 sacas/ha, enquanto que a região médio-norte, maior produtora de grãos mato-grossense, está prevista em 102,24 sacas/ha. Por outro lado, o nordeste mato-grossense é a única região que apresentou recuo na produtividade nesta nova estimativa, em vista dos impactos nos atrasos da semeadura, ficando assim prevista em 87,25 sacas/ha.

Já a região do sudeste do estado, que também apresentou atraso durante os trabalhos de campo, ainda é a região que apresenta o maior recuo produtivo em relação à safra passada, ficando agora estimada em 92,40 sacas/ha. Assim, com a revisão positiva tanto da área, quanto da produtividade, a produção do cereal mato-grossense apresentou um incremento de 3,83%, ficando agora prevista em 27,39 milhões de toneladas. No entanto, mesmo com a recuperação, o volume da produção ainda está 10,05% inferior em relação ao recorde visto na safra 2016/2017.