O dragão asiático trabalha com câmbio fixo, em paridade com o dólar, para aquecer as exportações e estimular o consumo interno, alegam as autoridades chinesas. A União Europeia engrossou o coro dos americanos ao criticar o modelo e alertar para a necessidade de flutuação da moeda chinesa. Assim como o real, o euro tem tido forte apreciação frente ao dólar e virou motivo de preocupação no velho continente.
Do lado ocidental, o Federal Reserve (banco central americano) também se mostra irredutível em manter a taxa nos atuais níveis, como indica a ata da última reunião que decidiu pela manutenção dos juros na atual faixa (entre 0 e 0,25% a.a). Sem acordo, a questão deve ser levada à Organização Mundial do Comércio (OMC).
? Só mesmo uma intervenção da OMC. Ali é uma coisa antiga, acho difícil a China ceder ? diz Marcos Trabold da B&T Corretora sobre o modelo cambial chinês.
O operador afirma que a flutuação dá um “conforto maior para o mercado”, mas também admite suas distorções.
? A gente fica sujeito à especulação ? conclui Trabold.