A mudança causou surpresa. Fritz, como é chamado, assumira ao cargo depois de Rick Wagoner ter sido forçado a entregar o posto pelo governo Barack Obama e conseguira levantar a concordata da empresa em julho. Na ocasião, a GM eliminou as divisões de algumas regiões e manteve a GM do Brasil sob seu guarda-chuva. Desde o último ano, a empresa recebeu US$ 50 bilhões em empréstimos do governo e agora cerca de 60% dela pertence aos contribuintes americanos.
No lugar de Henderson, assume interinamente Edward Whitacre Jr. ? escolhido por Obama para supervisionar o investimento feito pelo governo. Whitacre Jr. anunciou que a procura por um novo presidente iniciará imediatamente.
Segundo o porta-voz da GM, Chris Preuss, o governo foi informado da mudança e não estava envolvido na troca:
? Foi uma decisão ao nível de conselho. O conselho decidiu, e Fritz concordou que era preciso fazer mudanças.
Henderson não divulgou qualquer comunicado. Whitacre Jr. descreveu a decisão de renúncia como mútua. Porém, nos últimos meses, Henderson e o novo conselho têm defendido posições diferentes a respeito da venda da divisão Opel e em outros assuntos. Além disso, a companhia não tem conseguido vender as marcas Saturn e Saab.
? Precisamos acelerar nosso progresso ? comentou o interino Whitacre Jr.
Há 25 anos na companhia, Henderson nasceu em Detroit, a capital automotiva nos Estados Unidos, filho de um gerente de vendas que atuou na Buick, uma divisão da GM. O executivo entrou na empresa em 1984 após obter mestrado em administração de empresas na Harvard Business School. Henderson atuou no Brasil no período de 1997 a 2000, quando dirigiu a empresa e participou da inauguração da unidade da montadora em Gravataí (RS), em julho de 2000.