O avanço da colheita deveria pressionar os preços da cultura, disponibilizando mais grãos no mercado, mas isso não está acontecendo. Pelo contrário, no acumulado de agosto (entre os dias 1º e 17), o indicador Esalq/BM&FBovespa registrou alta de 4,5%, em Campinas (SP), com a saca de 60 quilos saindo de R$ 39,45 para R$ 41,30.
“Esse cenário se deve à retração de vendedores, que têm expectativas de preços maiores nas próximas semanas, fundamentados nas incertezas sobre a produtividade em algumas regiões, especialmente do Paraná e do Centro-Oeste”, explicam pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Segundo o último relatório da Companhia Nacional de Abastecimento, a produção de milho segunda safra deve ficar 17,8% abaixo de 2017, somando 55,3 milhões de toneladas.
Compradores consultados pela instituição, por sua vez, priorizam as aquisições de pequenos lotes para atender à demanda de curto prazo.