O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, pediu a entidades do agronegócio que cobrem dos empresários do setor responsabilidade e transparência nas entregas ao consumidor. “O tempo do ‘jeitinho’ não existe mais”, disse o ministro a representantes de 28 entidades do agronegócio, que se reuniram na última quinta-feira, dia 16, para avaliar o programa de desburocratização do Ministério da Agricultura, lançado há dois anos.
Segundo o ministro, em nota, a produção brasileira tem capacidade de dobrar e atender as necessidades dos compradores externos, mas precisa cumprir com os seus compromissos.
Ele citou como exemplo o caso da Rússia, que exige a carne suína sem a presença da ractopamina – um indutor de crescimento usado no mundo inteiro, mas não aceito pelo mercado russo. “Foi feito um acordo entre as empresas privadas dos dois países, sem a participação do governo, para a venda da carne sem a ractopamina, mas alguém não cumpriu e estamos enfrentando problemas com os russos por causa disso”, disse.
Sobre mudanças que já ocorrem, Ana Paula Vidal, da Associação Brasileira de Criação de Suínos (ABCS), disse que o setor conseguiu desburocratizar processos em sanidade animal, o que elevou a exportação de genética suína. “Em 60 dias devemos ver destravadas novas venda para a América Latina”, previu, ainda conforme a nota do Ministério.