Algodão

Colheita de algodão no oeste da Bahia atinge 71,5% da área

Cotonicultores da região estão satisfeitos com a produtividade, que deve ser recorde pela segunda safra seguida

colheita de algodão
Foto: Sérgio Cobel da Silva/ Embrapa Algodão

A colheita de algodão atingiu 71,5% da área plantada no oeste da Bahia, informou a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) nesta terça-feira, dia 21. Segundo a entidade, produtores “estão bastante satisfeitos com os resultados em produtividade e qualidade da fibra”. Nesta safra, foram plantados 263,7 mil hectares com algodão na Bahia, sendo 253,1 mil hectares no oeste e 10,6 mil hectares no sudoeste.

Conforme a Abapa, em nota, com chuvas regulares e controle de pragas, a produtividade média das lavouras no oeste baiano deve ser recorde pela segunda safra consecutiva. A colheita estimada é de 324,1 arrobas por hectare. No sudoeste baiano, onde 90% da safra está colhida, o rendimento deve totalizar 65,24 arrobas por hectare.

O presidente da Abapa, Júlio Busato, destacou que, nos últimos dois anos, os preços são remuneradores, mesmo com a produção volumosa, o que tem ajudado agricultores a se recuperarem dos prejuízos dos anos de estiagem. “Pelo segundo ano consecutivo há o encontro entre produção e preço, e a oportunidade de reduzirmos nosso endividamento, voltando a crescer, trazendo de volta para a região os empregos e a renda momentaneamente perdidos”, afirma.

Segundo a associação, o estado deve colher na safra 2017/2018 mais de 1,2 milhão de toneladas de algodão, entre caroço e pluma, 300 mil toneladas a mais do que na última safra. Só de pluma, a Bahia deve produzir 481 mil toneladas. A colheita no Estado deve ocorrer até 20 de setembro, quando começa o período de vazio sanitário.

A Abapa prevê que a área aumentará 20% na safra 2018/2019, de 263 mil para 313 mil hectares. A expectativa, segundo Busato, é de que nas três próximas safras a região possa retomar a capacidade instalada para a produção da fibra, que era de 400 mil hectares antes da falta de chuvas e do ataque de pragas que reduziu a produtividade, deixando produtores descapitalizados ou endividados na região.