CPI do MST é instalada em clima de pré-recesso parlamentar

Trabalhos só devem começar no próximo anoEm clima de pré-recesso a comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) do MST realizou sua primeira reunião nesta quarta, dia 9, que serviu para definir, por aclamação ? já que existia um acordo entre os líderes ? a presidência e a relatoria. Coube ao senador Almeida Lima (PMDB-SE) a presidência, e o deputado Jilmar Tatto (PT-SP) ficou encarregado de relatar os trabalhos que só devem ter início efetivo no próximo ano.

? Não há ainda planejamento dos trabalhos ? disse o presidente ao ser questionado por parlamentares que ponderaram sobre o início do recesso parlamentar marcado para o próximo dia 22 de dezembro.

? Vamos marcar para a próxima quarta-feira, em princípio, às 10h, uma nova reunião. Convoco os parlamentares a se organizarem, a partir de suas bancadas para que possamos estabelecer uma definição de como essa comissão poderá trabalhar após o recesso parlamentar ? disse o presidente.

Alguns parlamentares chegaram a sugerir a mudança do nome da CPMI, argumentando que só o rótulo já traria uma carga negativa ao MST.

? Não estamos aqui para criminalizar os movimentos sociais e acho que deveríamos trocar o nome da CPI. Não podemos dar a largada já criminalizando, porque, se carimbarmos esse nome, os estragos podem ser irreversíveis ? disse a deputada Manuela D’Ávila (PCdoB- RS).

O deputado Moreira Mendes (PPS-RO) também frisou que o fato de participar da CPMI não significa que seu partido não reconheça a legitimidade dos movimentos sociais.

? O PPS não á contra os movimentos sociais e reconhece a legitimidade inclusive do MST. Estamos aqui para apurar possíveis fatos que teriam sido cometidos por pessoas infiltradas no MST, que acham que ajudam o MST ? destacou.