O encontro contou com a presença da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e ocorreu ao mesmo tempo em que as nações pobres ? lideradas pelos africanos ? ausentaram-se de várias reuniões formais, em um claro bloqueio ao avanço das negociações.
Os líderes do mundo em desenvolvimento temem que o avanço da negociação, da forma como foi conduzida nas últimas 24 horas, deixe em segundo plano o debate sobre metas mais ousadas para a Europa, os Estados Unidos, a Austrália e o Canadá.
? Por enquanto, nada sobre isso (metas mais ousadas para os países ricos) foi tratado ? admitiu à Agência Brasil um dos principais negociadores do G77 (grupo de países pobres e em desenvolvimento), pedindo anonimato.
A COP-15 começou com o objetivo de garantir que, ao final do encontro, a soma das metas anunciadas pelos países ricos garanta uma redução de, pelo menos, 25% nas emissões de gases de efeito estufa, considerando os dados de 1990.
Depois do encontro com os líderes da China, Índia e África do Sul, a ministra Dilma Rousseff se limitou a dizer que a conversa foi “boa” e que a negociação está em pleno curso.
O secretário executivo da conferência, Yvo de Boer, lembrou que, além do financiamento de longo prazo para ajudar países pobres a combater o aquecimento global e da importância de metas mais ousadas para os países ricos, existe mais um ponto fundamental que continua fora da agenda.
? Ainda não se discutiu como fiscalizar e punir quem não cumprir as metas que devem ser firmadas pelos países que assinaram o Protocolo de Kyoto ? afirmou.
Nessa lista estão incluídos os países da União Europeia, mas os Estados Unidos, principal emissor de gases do planeta, não assinaram o documento e já disseram que não vão aderir ao protocolo durante a conferência de Copenhague.