Por enquanto, foram identificados 18 casos da doença em lavouras do Estado, quantidade muito superior à contabilizada na mesma época da safra passada, quando apenas três notificações haviam sido confirmadas. A situação colocou os agricultores em alerta, já que a ferrugem compromete o potencial produtivo da planta, provocando prejuízos.
O produtor rural Hilário Coldebella plantou 170 hectares de soja em Sidrolândia. Atento às estatísticas, ele monitora constantemente a plantação e já programou a data para pulverizar a lavoura.
? Vou pulverizar na primeira quinzena de janeiro e devo fazer duas aplicações para combater a doença ? disse Coldebella.
É justamente a quantidade de aplicações que faz a grande diferença no custo final do combate à ferrugem. Por isso, encontrar o momento certo para entrar com o maquinário no campo é essencial para minimizar os gastos, que não são poucos.
De acordo com a Embrapa Agropecuária Oeste, em Mato Grosso do Sul o agricultor irá gastar em média pouco mais de um saco de soja por hectare a cada aplicação contra a doença.
O estudo da Embrapa revelou que, dependendo do produto e da maneira como o fungicida for aplicado, ou seja, com pulverizadoras independentes ou utilizando trator e pulverizadora de arresto, as despesas podem variar. Em geral o custo mínimo por hectare está estimado em R$ 20,41 e o máximo em R$ 58,73 por aplicação.
O levantamento foi feito com base nos preços praticados em Dourados (MS), mas os cálculos são semelhantes em outras regiões do Estado. Ainda de acordo com a pesquisa, não houve variação significativa nestas despesas em relação à safra passada. Uma boa notícia para quem está no campo.
Em todo o país, foram registrados até agora 141 casos da doença. As lavouras de Goiás contabilizaram a maioria das ocorrências: 46 ao todo. O segundo na lista é o Estado do Paraná que tem 34 focos confirmados.