A primeira semana de setembro foi positiva para o mercado brasileiro da soja. Segundo informações da consultoria Safras & Mercado, os preços subiram e o ritmo dos negócios melhorou, principalmente no mercado exportador. Com o dólar acima de R$ 4,00 e a alta nos prêmios de exportação suplantaram a pressão de Chicago e favoreceram a comercialização da oleaginosa.
Em Passo Fundo, Rio grande do Sul, a saca de 60 quilos subiu de R$ 85,50 para R$ 87,00. Em Cascavel no Paraná, o preço avançou de R$ 85,00 para R$ 87,00. Já no Porto de Paranaguá, a cotação passou de R$ 91,00 para R$ 93,50.
Em Rondonópolis, Mato Grosso, o preço subiu de R$ 78,50 para R$ 79,00. Já em Dourados no Mato Grosso do Sul, a saca avançou de R$ 80,00 para R$ 82,00. E em Rio Verde, Goiás, a cotação passou de R$ 80,00 para R$ 82,00.
Ainda de acordo com a agência Safras, o comportamento doméstico também acompanhou o câmbio. A moeda americana subiu 1,74% na semana, encostou na casa de R$ 4,20. As incertezas no campo eleitoral e a valorização no mercado internacional, especialmente frente às moedas dos países refletiram nas cotações. Com isso, a soja brasileira ganhou ainda mais competitividade.
Os prêmios de exportação subiram, e alcançaram o patamar de 223 a 240 acima de Chicago para outubro em Paranaguá. A demanda chinesa seguiu firme, em meio à disputa comercial do país asiático com os Estados Unidos e com a adoção de taxa sobre as exportações argentinas.
Já os contratos futuros em Chicago seguiram sob pressão, próximos dos menores níveis em 10 anos, refletindo a expectativa de uma ampla safra americana, especulada em até 130 milhões de toneladas, e à fraca demanda pela soja daquele país. O contrato novembro caiu 0,6% e atingiu a casa de US$ 8,38 na última quarta, dia 5.