O presidente da Abef, Francisco Turra, comemorou a medida, embora considere o mercado uruguaio pouco atraente do ponto de vista da demanda. Segundo ele, o país, com aproximadamente três milhões de habitantes, consome pouco mais de 90 mil toneladas de carne de frango anualmente.
? Embora não se trate de uma quantidade expressiva, o fato de o Uruguai não reconhecer nosso status sanitário prejudicava a imagem do Brasil junto a outros países ? explica.
Turra afirma que a restrição do país vizinho ao Brasil gerava questionamentos sobre a condição sanitária do frango brasileiro na Comissão Europeia.
? Fui pessoalmente interrogado por membros do Parlamento Europeu sobre o porquê dessa situação, uma vez que se trata de um membro do Mercosul embargando um produto brasileiro ? explica.
A União Europeia é um dos maiores importadores de carne de frango do Brasil, que embarca para o bloco cerca de 550 mil toneladas anualmente, com receita superior a US$ 1 bilhão. Contudo, pondera Turra, nenhum país deixou de importar frango do Brasil sob influência da postura uruguaia.
Pelo menos dois motivos levaram o Uruguai a rever sua posição: o endurecimento do Brasil, que teria ameaçado dificultar as importações de lácteos do país, e a necessidade de atrair investimentos para a produção de aves.
? Eles abriram o mercado porque querem atrair empresas brasileiras para lá ? afirma o presidente da Abef.