A ação é parte do processo, de 1999, que investiga a prática de cartel na compra de frutas por parte de indústrias do setor. A determinação da abertura dos documentos foi dada pela secretária da SDE, Mariana Tavares de Araújo, no último dia 31 de dezembro.
A Citrovita era a única entre as grandes empresas investigadas que ainda conseguiu adiar a abertura dos documentos da “Operação Fanta”, por meio de liminares obtidas na Justiça. Cutrale e Louis Dreyfus Commodities já tiveram o material avaliado, cujo conteúdo ainda segue em sigilo dentro do processo.
A Citrosuco, outra investigada no processo, não foi alvo da operação da polícia em 2006.
? Os documentos constituem-se em inigualável oportunidade de se constatar a eventual existência de cartelização do setor e dos procedimentos e práticas que conduziram os citricultores a um estado de penúria traduzido pela expulsão de mais de 20 mil pequenos e médios produtores do ramo citrícola ? disse o presidente da Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus), Flávio Viegas.
Ainda de acordo com o presidente da Associtrus, caso seja comprovada a prática de cartel existente no setor, a expectativa é que “medidas sejam tomadas no sentido de ressarcir os citricultores que vivem a realidade da verticalização e concentração do mercado”.
A Citrovita informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não comentará a abertura dos documentos.