Cafeicultor no norte do Paraná, Narciso Garcia de Campos conta que conseguiu montar um sistema de irrigação na lavoura de 16 hectares graças às facilidades concedidas pelo Proger.
? Desde a primeira área de café que eu plantei, minha intenção era fazer a irrigação. Só que fica muito caro, então eu não tive condições de fazer. Mas, agora que saiu esse projeto do governo, então eu consegui fazer. Fiz a irrigação, a fertirrigação e tenho oito anos para pagar, com três anos de carência, aumentando a produção, que nem eu tenho acompanhado ? conta o agricultor.
O Programa de Geração de Emprego e Renda Rural aumentou o volume de recursos para essa safra, chegando a R$ 5 bilhões. Com mais dinheiro, os limites de financiamento para custeio e investimento ficaram maiores. A renda exigida para aderir ao crédito subiu de R$ 250 mil para R$ 500 mil.
O Ministério da Agricultura deixou claro desde o lançamento do Plano Safra 2009/20010: o médio produtor era uma das prioridades. O objetivo de aumentar o acesso desse agricultor ao crédito foi alcançado.
? A ideia é essa: gerar emprego e renda no campo, através de um programa voltado para essa categoria, já que é uma categoria de produtor médio, que costuma contratar um número grande de funcionários. Ele já não é familiar mais e não é grande, então, a contratação de mão-de-obra é significativa, igual ao das médias empresas ? observa o coordenador-geral de Análises do Ministério da Agricultura, Marcelo Guimarães.
O Banco do Brasil avalia as vantagens de atingir um cliente que representa menos risco. Em 2008, foram fechados quase seis mil contratos. Já nesta safra, o número chega a 36 mil.
? São produtores que usam tecnologia, já estão organizados, conseguem ter uma administração do seu fluxo financeiro. Então, o volume de crédito aumentou muito. Vimos um aumento de quase 800% em aplicação ao Proger ? disse o gerente executivo da diretoria de agronegócios do BB, Márcio Augusto Montella.