Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam esta terça-feira, dia 2, com preços em alta. O mercado registrou ganhos pela segunda sessão consecutiva, atingindo o maior nível desde 22 de agosto. Os contratos com vencimento em novembro e janeiro, por exemplo, tiveram alta de quase 1% no dia.
A previsão de chuvas para o cinturão produtor americano, podendo atrasar o ritmo da colheita, deu sustentação ao mercado. Além disso, os negociadores estão otimistas com os recentes acordos comerciais negociados e acertados pela administração Trump, principalmente o realizado com México e Canadá.
Brasil
Mercado interno foi prejudicada pelo câmbio, que nesta terça-feira fechou abaixo de R$ 4. Paranaguá segue oferecendo um bom preço pela saca – R$ 95 –, mas os prêmios cederam, já que esta é uma semana de feriado na China. Com o país asiático fora das compras, as negociações no mercado brasileiro foram afetadas, diz Dylan Della Pasqua, da consultoria Safras & Mercado.
Com a soja subindo na Bolsa de Chicago e com o dólar caindo, as referências opostas acabaram definindo o comportamento errático nas cotações internamente. Não houve negócios de volume relevante no dia.
Soja no mercado físico – por saca de 60 kg
- Passo Fundo (RS): R$ 88,50
- Cascavel (PR): R$ 88
- Rondonópolis (MT): R$ 80
- Dourados (MS): R$ 85
- Porto de Paranaguá (PR): R$ 97
- Porto de Rio Grande (RS): R$ 94,50
- Porto de Santos (SP): R$ 95
- Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 94
- Confira mais cotações
Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel
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- Novembro/2018: US$ 8,66 (+8,25 cents)
- Janeiro/2019: US$ 8,80 (+8,25 cents)
Milho
O mercado brasileiro de milho teve uma terça-feira de morosidade, com cotações pouco alteradas. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, os principais atores do mercado preferem ficar retraídos em meio à incerteza que cerca as eleições.
“O resultado do primeiro turno oferecerá um importante norte para o mercado financeiro. O movimento cambial foi bastante intenso no decorrer do dia, com a pesquisa de intenção de voto do Ibope resultando em forte valorização do real”, disse Iglesias.
De acordo com a XP Investimentos, a pressão de baixa voltou ao mercado paulista de milho, motivada pela queda brusca do dólar. Em Campinas, compradores se aproveitam do momento e reduzem as referências de compra, já que estão abastecidos. Intermediários e silos também reforçaram a pressão, enquanto produtores tentam segurar os lotes maiores para não tirar o suporte do mercado.
Chicago
Os preços do milho na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam em alta. O mercado buscou suporte na previsão de chuvas nos Estados Unidos, que podem vir a atrapalhar as atividades de colheita do cereal.
Milho no mercado físico – por saca de 60 kg
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- Rio Grande do Sul: R$ 43
- Paraná: R$ 35
- Campinas (SP): R$ 40
- Mato Grosso: R$ 28,50
- Porto de Santos (SP): R$ 38,50
- Porto de Paranaguá (PR): R$ 38,50
- São Francisco do Sul (SC): R$ 38
- Veja o preço do milho em outras regiões
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Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel
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- Dezembro/2018: US$ 3,67 (+1,75 cents)
- Março/2019: US$ 3,79 (+1,75 cents)
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Café
Os preços do café subiram bastante no mercado brasileiro nesta terça-feira, dia 2. No cerrado mineiro, por exemplo, o preço do grão bebida boa com 15% de catação esteve entre R$ 420 e R$ 425, contra R$ 410 a R$ 415 do dia anterior. O impulso veio da forte valorização do arábica na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) e do robusta, na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres.
Houve melhor movimentação no dia, mas os negócios foram atrapalhados pelo nervosismo que se instaurou diante do salto nos preços em Nova York. Compradores e vendedores ficaram cautelosos diante desses ganhos acentuados, e se mantiveram mais na observação do que nas negociações, especialmente à tarde.
Nova York
A Bolsa de Nova York encerrou as operações desta terça com preços acentuadamente mais altos para as operações com café arábica.
As cotações dispararam, e o mercado teve o fechamento com o valor mais alto para dezembro desde 15 de agosto: 107,65 centavos de dólar por libra-peso. A forte baixa da moeda norte-americana contra o real no Brasil estimulou a sequência de um movimento de recuperação técnica visto no final da última semana.
Fundos e especuladores atuaram com mais força na ponta compradora, com cobertura de posições vendidas. Os ganhos foram acontecendo, o mercado subindo e atingindo stops de compra, o que intensificou a subida.
A queda do dólar contra o real acontece em meio ao cenário eleitoral no Brasil. A notícia do dia é o crescimento da candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência do Brasil, pelas pesquisas, o que gera mais tranquilidade no mercado financeiro e leva o dólar a cair. E a baixa da moeda americana tira a competitividade das exportações brasileiras de café.
Londres
Os contratos futuros para o café robusta encerraram com preços acentuadamente mais altos na Bolsa de Londres. O mercado acompanhou o mercado do arábica em Nova York.
Segundo traders, a alta esteve mais ligada a fatores externos, cambiais e técnicos do que a fundamentos.
Café no mercado físico – por saca de 60 kg
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- Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 415 a R$ 420
- Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 420 a R$ 425
- Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 355 a R$ 360
- Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 318 a R$ 320
- Confira mais cotações
Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – por libra-peso
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- Dezembro/2018: US$c 107,65 (+5,45 cents)
- Março/2019: US$c 111 (+5,4 cents)
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Café robusta na Bolsa de Londres (Liffe) – por tonelada
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- Novembro/2018: US$ 1.604 (+US$ 32)
- Janeiro/2019: US$ 1.591 (+US$ 39)
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Boi
A oferta restrita de boiadas não deixa espaço para os preços caírem, de acordo com a Scot Consultoria. Com isso, o mercado segue com preços em alta. Mesmo em São Paulo, onde parte das indústrias conseguiu alongar as programações de abate, o período de início de mês e a expectativa de melhora do escoamento fazem com que os frigoríficos mantenham o ritmo de compra, a fim de atender à demanda.
Nesta terça-feira, das 32 praças pesquisadas pela Scot, houve alta em 7. Na média de todas as praças pecuárias pesquisadas, a arroba do boi gordo teve alta de 3,6% nos últimos 30 dias. Destaque para a região de Goiânia (GO), que em 30 dias teve valorização de 6%, considerando o preço à vista, livre de Funrural.
No mercado atacadista de carne bovina com osso, o boi casado de animais castrados está cotado, em média, em R$ 10,01/kg. Alta de 4,7% em 30 dias.
Boi gordo no mercado físico – arroba à vista
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- Araçatuba (SP): R$ 151,50
- Triângulo Mineiro (MG): R$ 145
- Goiânia (GO): R$ 140
- Dourados (MS): R$ 147
- Mato Grosso: R$ 129 a R$ 134
- Marabá (PA): R$ 137
- Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,45 (kg)
- Paraná (noroeste): R$ 149,50
- Sul (TO): R$ 138
- Veja a cotação na sua região
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Dólar e Ibovespa
O dólar comercial ficou abaixo de R$ 4 nesta terça. A moeda norte-americana fechou a negociação do dia em queda de 2,09%, cotado a R$ 3,933 para a compra e a R$ 3,935 para a venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,906 e a máxima de R$ 3,998.
O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), fechou a terça em alta de 3,78%, com 81.593 pontos. Os papéis das grandes empresas, consideradas blue chip, ajudaram na valorização, com Petrobras terminando o dia em alta de 8,67%, Vale com 1,32% e Itau com 3,85%.
Previsão do tempo para quarta-feira, dia 3
Sul
As instabilidades ainda provocam chuva desde o centro do Rio Grande do Sul até o Paraná. Já nas primeiras horas do dia, as pancadas são fortes entre Santa Catarina e Paraná, com risco de temporais, trovoadas e rajadas de vento.
Os ventos na costa da região ganham força e há risco para rajadas no litoral catarinense e paranaense de até 55 km/h, e as ondas na costa de Santa Catarina podem alcançar até 4 m de altura.
Somente do oeste ao sul do Rio Grande do Sul, o sol predomina e garante um dia de tempo firme. As temperaturas da manhã e da noite diminuem aos poucos no interior gaúcho, devido aos ventos que sopram de sul, enquanto nas áreas de chuva a máxima fica amena por conta do excesso de nebulosidade.
Sudeste
A frente fria continua influenciando no tempo do Sudeste durante a quarta-feira. O sistema organiza instabilidades especialmente na faixa litorânea paulista e fluminense. A chuva pode ser intensa no leste de São Paulo e no Rio de Janeiro, inclusive nas capitais desses estados, onde trovoadas, acompanhadas de grandes volumes de chuva ocorrem no fim do dia.
Nas demais áreas do Sudeste, como no interior de São Paulo e metade sul de Minas Gerais, a chuva ocorre de forma isolada e sem grandes acumulados, intercalada com períodos de tempo aberto.
Entre o norte de Minas Gerais e o Espírito Santo o sol predomina entre poucas nuvens e não chove. O calor ainda estará presente durante a maior parte da quarta-feira, mas no fim do dia os ventos de sul passam a predominar no sul e leste paulista e sobre o Rio de Janeiro, diminuindo a temperatura.
Centro-Oeste
Não chove no extremo nordeste de Goiás. No centro e sul de Mato Grosso do Sul, a chuva se intensifica e é mais abrangente e volumosa, por causa da frente fria que atua na costa do Sudeste.
Risco de temporais também no noroeste e centro de Mato Grosso. Nessas áreas, há risco para queda de granizo. Nas demais localidades, a chuva ainda ocorre de forma rápida e isolada. Como os ventos não mudam de direção, as temperaturas continuam elevadas e faz calor nos três estados da região e no Distrito Federal.
Nordeste
O dia será de tempo quente e seco em grande parte do Nordeste. Há previsão de chuva apenas no leste nordestino. Do litoral sul da Bahia até a costa da Paraíba, a chuva ocorre de forma muito isolada e é intercalada com períodos de sol.
Norte
Durante a quarta-feira, o tempo continua instável e quente em grande parte da região. A sensação é de tempo bastante abafado em praticamente todos os estados. As chuvas mais volumosas seguem concentradas no oeste do Amazonas, Roraima e Acre.