As iniciativas virão das áreas financeira, tributária e de tecnologia. Entre elas, está o financiamento para os compradores de bens de capital e máquinas fabricados no Brasil, de modo a facilitar as vendas para a América do Sul.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já atua nessa área, mas ainda de forma limitada, na visão de Mantega.
? Vamos ampliar, de modo que o BNDES faça em grande escala ? revelou a jornalistas brasileiros em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial.
Mantega disse que a preocupação com as exportações brasileiras é constante – atualmente, o Brasil acumula déficit comercial no ano.
? Estamos continuamente pensando em medidas que possam aumentar a competitividade dos exportadores brasileiros ? disse o ministro.
O objetivo é estimular a exportação de bens manufaturados, que sofre com o ambiente de crise externa. Segundo ele, somente os países asiáticos, especialmente a China, continuam demandando, com foco em produtos básicos.
? Os demais países estão patinando e comprando menos do Brasil ? afirmou.
Mantega acredita que o comércio externo não irá melhorar este ano, somente a partir de 2011. Ele trabalha com a perspectiva de crescimento das exportações brasileiras entre 6% e 7% este ano, abaixo do avanço obtido em anos anteriores, entre 10% e 15%.
Para o ministro, o câmbio está agora na “direção certa”. O próprio déficit em transações correntes acabará provocando a desvalorização do real, que beneficia as vendas externas.
? O câmbio estava muito valorizado em agosto de 2008, a R$ 1,55. Agora, a R$ 1,85… nunca está bom, mas certamente está melhor ? finalizou.