Japão suspende análise de resíduo em café do Brasil

Suspensão do exame pode representar economia para o setor de US$ 1 milhão por anoO governo japonês suspendeu a obrigatoriedade de análise para detectar a possível presença de resíduo do agrotóxico diclorvos no café que importa do Brasil, informou a assessoria do Ministério da Agricultura. A decisão é resultado de pesquisa, realizada durante seis anos, por laboratório credenciado pelo Ministério, em todas as remessas do produto com destino àquele país.

No período, as 6,188 mil amostras analisadas, uma de cada contêiner embarcado, estavam dentro do padrão exigido. Por não apresentar nenhuma inconformidade, o governo brasileiro solicitou a suspensão da exigência, o que foi aceito pelas autoridades japonesas. Atualmente, todos os lotes exportados para o Japão são identificados, o que permite verificar a origem e a movimentação do produto, de acordo com o processo de rastreabilidade.

O Ministério calcula que a suspensão do exame residual do café brasileiro pode representar economia para o setor de US$ 1 milhão por ano. De acordo com o diretor do Departamento de Fiscalização de Insumos Agrícolas, Girabis Evangelista Ramos, do Ministério da Agricultura, o resultado positivo do trabalho demonstra a eficiência do serviço sanitário brasileiro e é uma resposta às crescentes exigências do mercado internacional, especialmente o japonês.

O Japão é o terceiro maior importador mundial de café e foi, em 2009, o quarto maior comprador do produto brasileiro. No ano passado, comprou cerca de 2 milhões de sacas de 60 kg do café nacional, totalizando US$ 343 milhões. Desse montante, 1,8 milhão de sacas foram de café verde, 90% do volume exportado. Em todo o período de obrigatoriedade das análises, o Brasil exportou 12,5 milhões de sacas de café verde para o Japão. As informações são da assessoria do Ministério da Agricultura.