A qualidade do algodão cultivado no oeste baiano atraiu o empresário português Paulo Mota. Em 2004, ele veio ao Brasil conhecer as lavouras de onde comprava matéria-prima para a indústria têxtil. Foi em Luís Eduardo Magalhães que decidiu investir também na agricultura. Agora, já está na sexta safra de algodão.
? Uma parte dele é destinada a nossas indústrias em Portugal. O restante é todo para exportar para o mercado asiático principalmente ? disse o produtor.
No último plantio, o tempo não ajudou. Mota e os agricultores tiveram uma quebra de 25% na colheita. Ao contrário de 2009, quando a chuva atrapalhou a produção de algodão no oeste baiano, os produtores acreditam que este ano vão ter uma safra melhor.
? Nós teremos uma safra diferente do que foi a safra do ano passado e voltaremos a ter uma produtividade de alguma coisa em torno de 270 arrobas. Acreditamos que, dentro desse contexto, nós teremos uma safra recorde ? disse o presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão, José Carlos Jacobsen.
O segredo da economia de Luís Eduardo Magalhães, a décima da Bahia, se deve, em grande parte, ao investimento feito no agronegócio. Produtores rurais interessados em conquistar mercados. Esta semana, eles aderiram ao Programa Socioambiental do Algodão. O compromisso de preservar a natureza e garantir qualidade de vida aos trabalhadores já foi assumido por agricultores de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais.
? Hoje as questões ambientais e sociais são muito importantes não só no Brasil, mas principalmente lá fora. Como um grande exportador, é muito importante que a gente tenha como mostrar que o Brasil produz algodão com responsabilidade social e ambiental ? explica o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Haroldo Cunha.
A equipe do Canal Rural viajou para a Bahia a convite da Abrapa.