Em 2009, atropelada pela retração da demanda por bens de capital, a Randon teve receita de R$ 3,7 bilhões, 18,6% menor em comparação com 2008. O lucro líquido também caiu 39,9%, para R$ 138,95 milhões.
O diretor corporativo e de relações com investidores do grupo, Astor Schmitt, admitiu que as previsões para os resultados da empresa podem soar conservadoras, mas disse existir sinais de que, após a eleição presidencial, o governo federal deve tomar medidas para evitar o superaquecimento da economia.
Por enquanto, porém, os indicadores são promissores. Citando setores sensíveis aos negócios da empresa, Schmitt lembrou que o cenário para a agricultura brasileira continua positivo, a mineração indica retomada, e as perspectivas do segmento de construção ligado à infraestrutura também são animadoras.
? Em setembro, o mercado brasileiro (em 2010) foi estimado em 120 mil unidades de caminhões e 47 mil semirreboques. Agora, os números foram reavaliados para 140 mil caminhões e 55 mil semirreboques ? disse.
No mercado externo, a Randon espera alguma recuperação da América Latina, a continuidade da demanda forte na África e um avanço ainda lento na América do Norte. Sobre novos mercados, o diretor-presidente David Randon revelou que, no futuro, a empresa pode aportar na Grécia. O grupo pretende ainda investir este ano R$ 200 milhões, 62,6% a mais do que 2009.
Schmitt ainda comentou a ação em que diretores e sócios da Randon são acusados de suposto uso de informações privilegiadas na compra de ações da empresa antes da associação com a ArvinMeritor, em 2002. Conforme denúncia do Ministério Público Federal, a ação se valorizou 120% nos 12 meses seguintes. O executivo alegou que a operação não teve o objetivo de realização de lucro.
? Ainda não fomos citados judicialmente ? informou Schmitt.