A cotação da moeda norte-americana segue em queda registrando nesta terça, dia 9, um recuo de 1,47%, cotado a R$ 3,7107 para venda, o menor valor desde 3 de agosto. O dólar acumula uma queda de 8,09% no mês.
De acordo com a Safras & Mercado, a moeda foi influenciada pelo mercado externo, com ambiente mais positivo para as principais moedas de países emergentes e ainda com o cenário também positivo para o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).
“Além da aposta mais firme na vitória de Bolsonaro, essa possível equipe econômica, com nomes de executivos do mercado e do setor privado, agrada o mercado. Mas o cenário está aberto, não há nada definido”, comenta o economista da Tendências Consultoria Silvio Campos.
Lá fora, a recuperação do rand sul-africano, em mais de 1%, da lira turca, rublo russo e do peso argentino ante o dólar corroboraram para a queda da moeda estrangeira frente ao real.
Segundo Campos, daqui para frente não deve continuar “tranquilo” como visto nesta segunda e terça. “O cenário de volatilidade deve voltar”, aposta.
A volatilidade citada pelo economista da Tendências pode ser impulsionada pela divulgação da primeira pesquisa de intenção de votos para o segundo turno. Na quarta, dia 10, à noite, sai o levantamento do Datafolha. “O cenário está em aberto. Agora, é acompanhar as pesquisas e os debates que virão”, reforça. A campanha eleitoral na TV e no rádio começa na sexta.
O Banco Central seguiu com ofertas tradicionais de swaps cambial, sem realizar leilões extraordinários de venda da moeda norte-americana.
O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encerrou o pregão de hoje estável (0%) com 86.087 pontos. Ontem, o índice fechou em alta de 4,6%, representando a maior alta desde 17 de março de 2016.