O objetivo é tentar barrar uma mudança na regulamentação proposta pela União Europeia que prejudicaria o Brasil. De acordo com as novas regras, a produção de carne de frango congelada deve ser vendida desta forma, embora o produto brasileiro seja comercializado também como fresco na Europa. A medida, prevista para entrar em vigor em maio, limitaria a presença do produto brasileiro nos países do bloco, na interpretação da Abef ? 200 mil toneladas exportadas poderiam ficar de fora do mercado. Até o momento, apenas a Grã-Bretanha não ratificou o regulamento.
Por isso, a Abef vem se mobilizando para impedir que as mudanças entrem em vigor e atua em duas frentes. Uma delas, explica Francisco Turra, presidente da entidade, é a diplomática que ainda não mostrou “sinais de recuo” por parte dos europeus. A outra inclui a possibilidade de recorrer à OMC.
? Essa medida é discriminatória e protecionista ? completa.
A nova regra preocupa também a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), uma vez que Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná detêm 85% das exportações brasileiras.
? Esses mercados sentiriam drasticamente a mudança ? observa o secretário executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos.