A aquisição da Infinity faz parte da estratégia do Bertin de focar sua atuação nos segmentos infraestrutura, concessões e energia. Para isso, tem uma holding, a Bertin Energia, que deve englobar algumas operações da Infinity em sua empresa de renováveis, a Gaia Energia. A expectativa é de que a produção de etanol e cogeração de energia do bagaço de cana ganhem espaço dentro do grupo.
A Infinity, que enfrentou problemas de liquidez, aprovou, em dezembro, um plano de recuperação judicial para pagar credores e acionistas. Já estava previsto no plano a eventual entrada de novos sócios ou venda de ativos. Segundo fontes próximas à negociação, o Grupo Bertin dará continuidade ao plano de recuperação acordado.
Com a entrada do Bertin, não será mais necessário, contudo, vender a principal usina da Infinity, a Usinavi, localizada em Mato Grosso do Sul, avaliada em R$ 180 milhões, e com capacidade de moagem de 3,2 milhões de toneladas de cana. A Infinity tem atualmente cinco usinas em operação, e sua dívida supera os R$ 700 milhões. O atual presidente da Infinity, Sérgio Thompson-Flores, deverá continuar como executivo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.