O recente aumento dos preços do petróleo tem sido visto como resultado da tentativa dos operadores de testar a máxima de 15 meses de US$ 83,95 por barril, atingida em fevereiro em consequência do otimismo com relação à recuperação econômica global. O avanço também tem tido suporte da queda dos estoques, que é uma indicação de que a demanda está aumentando.
A AIE afirmou que os estoques de curto prazo de petróleo bruto estavam em 52 milhões de barris no fim de fevereiro, abaixo dos quase 90 milhões de barris em meados do ano passado e dos 59 milhões de barris em janeiro.
A instituição também disse que a oferta mundial permanece ampla, especialmente por causa da produção nos países que fazem parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que atingiu o nível máximo de 14 meses em fevereiro.
Em termos de cobertura de demanda futura, outra medida de saúde da oferta, os estoques de petróleo nos países desenvolvidos, como os EUA, subiram para 59,2 dias de abastecimento em janeiro, de 58,3 dias em dezembro, segundo a AIE.
O crescimento da produção de petróleo bruto de países de fora da Opep, como Rússia, neste ano foi revisado em alta para 200 mil barris por dia em comparação com janeiro. A oferta de fora da Opep, que responde por cerca de 60% da demanda mundial, deverá crescer um total de 300 mil barris por dia, o que é aproximadamente metade da taxa de crescimento observada nos últimos 15 anos.
Esse lento crescimento da oferta nos países de fora da Opep é uma das razões pela quais muitos operadores esperam que os preços do petróleo bruto aumentem, à medida que a atividade econômica voltar a níveis mais normais nos próximos anos. As informações são da Dow Jones.