PAC 2 não considera desenvolvimento sustentável, criticam ambientalistas

Segundo Greenpeace, parte dos recursos deveria ir para novas tecnologias de preservação do meio ambienteA segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), lançada nessa segunda, dia 29, pelo governo, não agrega o modelo de desenvolvimento sustentável aos projetos, na avaliação de ambientalistas.

Parte dos R$ 958,9 bilhões, previstos para o período entre 2011 e 2014, poderiam ser investidos em novas tecnologias que contribuíssem para a mudança de trajetória para uma economia mais verde, na avaliação do diretor executivo da organização Greenpeace, Marcelo Furtado.                                     

? A grande preocupação é a falta de alinhamento do programa com a visão de sustentabilidade. Continua sendo uma coleção de ações individuais. Poderia utilizar alternativas que seriam ambientalmente muito mais interessantes, deveríamos estar falando de um PAC eólico, por exemplo.

Entre os contrastes estão a manutenção de investimentos em energia sem planos ambiciosos para alternativas de geração elétrica, como energia solar ou eólica e os poucos projetos de ferrovias, que são mais sustentáveis que as estradas abertas no meio da floresta.

A coordenadora do Instituto Socioambiental (ISA), Adriana Ramos, critica o lançamento de um programa de investimentos que não poderá ser executado nessa gestão.

? É até difícil avaliar o que ainda não se sabe se será possível realizar.

A reforma nas regras do licenciamento ambiental, anunciada pela secretária executiva do Ministério do Meio Ambiente, Isabela Teixeira, também preocupa os ambientalistas.

? Na atual conjuntura, da forma como o licenciamento tem sido tratado, acho muito difícil que seja para melhorar. Nesse contexto de ano eleitoral é muito provável que a área seja penalizada ? avalia.