Na presença de 110 empresários gaúchos em encontro fechado na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Mantega disse que o governo vai intensificar o monitoramento do preço do aço nas siderúrgicas para evitar pressão sobre a inflação. Conforme o ministro, a expectativa de alta não se justifica porque as usinas vinham com capacidade ociosa desde 2008:
? Se subir muito, o governo vai atuar no sentido de não permitir que haja um foco inflacionário por esse lado.
Durante o encontro, que durou mais de uma hora, Mantega foi cobrado pelos industriais que usam o aço como matéria-prima. A reivindicação é para que o governo reduza a zero o imposto de importação do aço ? pelo menos temporariamente, para não prejudicar a retomada da produção industrial no país. Em média, as indústrias pagam 12% para importar a matéria-prima, usada na indústria automobilística, de eletrodomésticos e na construção civil.
O presidente da Associação do Aço do Rio Grande do Sul, José Antônio Martins, classificou como “exorbitantes” alguns aumentos no preço do aço praticado por usinas que fornecem o produto. Segundo Martins, desde o final do ano passado, a alta acumulada do produto já passa de 22%.
O presidente do Grupo Gerdau, André Johannpeter, disse, depois da reunião, que não há problema de abastecimento no setor. Ele negou também qualquer intenção de reajuste de preços em curto prazo.