Teófilo Rodrigues Mota Júnior é presidente da Associação dos Carroceiros de Porto Alegre. Como ele, há outros quatro mil circulando pela cidade, a maioria buscando material para reciclagem. O vai-e-vem pelas mesmas ruas que os carros segue durante todo o dia.
? Tem gente que coleta de manhã, tem gente que coleta de tarde, depende do horário. Mas é uma rotina. Sempre a mesma coisa, como qualquer outro trabalho.
A lei aprovada para garantir a limpeza das ruas ainda precisa da sanção do prefeito de Porto Alegre para ser colocada em prática. O autor do projeto, vereador Adeli Sell (PT), diz que a tarefa vai ser tão fácil quanto recolher “cocô de cachorro”.
? A questão da bolsa coletora é muito simples. É um equipamento simples, pode ser feito até com um saco de linhagem. Não tem custo praticamente e nós não vamos ter mais os cocôs de cachorro e de cavalos rolando pela cidade.
A multa para quem não utilizar o acessório vai ser de R$ 250. Claro que ninguém quer pagar tudo isso e, antes mesmo que o uso seja obrigatório, o Teófilo já fez o primeiro teste.
Ele abriu um saco e amarrou com arame de um lado para outro da carroça. O rabo do cavalo fica por cima.
? É eficiente. Não cai nada na rua, não tem problema nenhum. Tem até gente que passa na rua e comenta: “Ah, já está usando o fraldão, né?” . Só ficou um troço meio estranho que falam “fraldão”. Como um cavalo vai usar fraldão, né? Mas como eu chamo, um saco de borda, não tem problema nenhum ? afirma Teófilo.