Fundos de pensão vão se dividir no leilão de Belo Monte

Entidades serão distribuídas de forma equilibrada entre os consórciosO Planalto confirmou a presença dos fundos de pensão nos consórcios que disputarão o leilão para a construção da Usina de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. No último sábado, o jornal O Estado de S. Paulo antecipou que o governo iria recorrer aos fundos Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa Econômica) e Petros (Petrobras) para compor os grupos numa resposta às construtoras Odebrecht e Camargo Corrêa que abandonaram a disputa.

No desenho montado pelo governo, os fundos de pensão serão distribuídos de forma equilibrada entre os consórcios, para capitalizar e garantir poder de concorrência entre todos os grupos. Em queda de braço com a Odebrecht e a Camargo Corrêa, o Planalto ainda espera que as duas empresas participem futuramente da construção.

? Elas saíram como investidoras, mas podem voltar como construtoras ? afirmou um auxiliar direto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sem dar detalhes, a fonte disse que já haveria dois consórcios formados para o leilão. Até agora, o único conhecido é o liderado pela Construtora Andrade Gutierrez, com a participação da Vale, do grupo Votorantim e da Neoenergia. Segundo a fonte, o governo espera formar mais consórcios. O governo insiste também na data de 20 de abril para realizar o leilão de Belo Monte.

? Não digo desta água não beberei, mas não pretendemos ? declarou a fonte do Planalto, ao ser questionada se o governo trabalha com a hipótese de adiar a licitação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.