Fiesp apoia adiamento da retaliação contra os EUA

Governo brasileiro estuda uma proposta de compensações comerciaisA Federação das Indústrias do Estado de São Paulo considera positiva a postura do Brasil de adiar a retaliação contra os Estados Unidos por causa dos subsídios ao algodão. O governo brasileiro estuda uma proposta de compensações comerciais. O assunto foi discutido nesta terça, dia 13, na capital paulista, pelo Conselho Superior de Comércio Exterior da Fiesp (Coscex).

Os conselheiros disseram acreditar nos benefícios da proposta e que o adiamento da retaliação não enfraquece a Organização Mundial do Comércio. Eles lembraram que os Estados Unidos não têm como retirar de imediato os subsídios considerados ilegais. A decisão depende de o Congresso americano alterar a lei agrícola, que vence em 2012. Por isso, a melhor opção para o Brasil é aceitar a compensação comercial e esperar pela mudança na legislação.

? Compensação gera empregos, renda, exportações e os Estados Unidos vão ter de abrir espaço no mercado para produtos do Brasil, além de pagar uma valor bastante importante, de US$ 147 milhões por ano, para a pesquisa agropecuária no país, o que nos vai permitir melhorar as condições de produtividade e de pesquisa nesse setor de agroindústria que é muito importante para o país. A decisão que o Brasil está tomando, ainda não tomou, é de esperar até 2012 recebendo as compensações que foram oferecidas e observar se o Congresso americano vai ou não modificar os subsídios ilegais. Se mudar, bom para o Brasil, bom para os Estados Unidos, bom para a OMC. Se não mudar, o litígio continua ? disse o diretor do Coscex, Roberto Gianetti.

Entre os produtos brasileiros que poderiam entrar no mercado americano como compensação pelo subsídio ilegal, Roberto Gianetti da Fonseca mencionou as carnes suína e bovina in natura.