A paixão pelo cavalo crioulo eliminou a fronteira entre o Brasil e o Uruguai, aproximando os criadores dos dois países, já parceiros de Mercosul. Entre nossos vizinhos, o interesse pela raça cresce a cada ano e faz com que as cabanhas busquem inspiração na experiência do Rio Grande do Sul, onde a raça está organizada desde 1932, ano em que surgiu a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC).
Sucesso entre os gaúchos, o Freio de Ouro ? prova máxima da raça crioula ? também apaixona os uruguaios, que participam da competição desde 1992. Naquela época, 250 criadores estavam registrados. Atualmente, são mais de 500 sócios.
Antes das provas do Freio de Ouro, predominavam no Uruguai os cavalos originários da Argentina. Os exemplares se destacavam pelo aspecto morfológico, mas não estavam totalmente adaptados às provas funcionais, características do pampa gaúcho. A seleção dos animais pela funcionalidade, até então, era feita principalmente pelas provas de rédeas e paleteadas, tradicionais no país.
Mais tradicional que a prova argentina, a expectativa é que os uruguaios classifiquem sem problemas seus representantes ao Freio de Ouro 2010. A programação destinada à raça crioula na Outonal uruguaia tem prova morfológica na sexta e funcionais no sábado. A final está programada para as 10h30 de domingo.
O calendário retorna ao Brasil no dia 20 de maio, com a Classificatória da Região 1, em Rio Grande, no Rio Grande do Sul.