A fraude foi descoberta por técnicos da PF a partir de documentos apreendidos nos últimos dois anos. Segundo o relatório, as construtoras limitavam o número de participantes nas licitações e combinavam previamente entre si os lances que sairiam vencedores.
A informação foi divulgada na edição desse domingo, dia 2, do jornal Folha de S. Paulo. Conforme a reportagem, as licitações beneficiaram a Camargo Corrêa e a GDK. No contrato para a construção da Unidade de Gás da refinaria de Caraguatatuba (SP), a PF teria apontado superfaturamento de R$ 351 milhões. Em obras da refinaria Presidente Vargas, no Paraná, o valor licitado teria ficado R$ 655 milhões acima do preço de mercado.
Por meio de nota, a estatal negou superfaturamento e atribuiu a informação à divergência entre os parâmetros usados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela PF e os padrões adotados pelos técnicos da Petrobras. As duas empresas citadas na reportagem também negaram as acusações de superfaturamento.