A descoberta foi anunciada na última terça-feira, dia 18, durante a abertura de uma conferência no Centro Agroflorestal Mundial em Nairóbi, no Quênia. O encontro discute como os microorganismos trabalham no solo e como eles podem ser utilizados.
O projeto internacional de pesquisa intitulado ‘Manejo Sustentável da Biodiversidade Subterrânea’ observou a relação entre os microorganismos presentes no solo e a produtividade das plantações.
Estudos realizados no Quênia indicaram que o uso de alguns tipos de bactérias no solo das plantações de soja aumentou a lucratividade das lavouras entre 40% e 60%, sem o uso de fertilizantes.
Quando microorganismos foram usados em plantações, com o auxílio de fertilizantes orgânicos, as colheitas dobraram. Neste cenário, os custos caíram e a lucratividade das lavouras aumentou. Os microorganismos ajudam ainda no melhor aproveitamento da água e dos nutrientes.
Segundo o Pnuma, outra descoberta importante é que, em alguns casos, as bactérias ajudaram a combater doenças nas lavouras, diminuindo a necessidade de pesticidas.
O projeto internacional de pesquisa sobre a biodiversidade subterrânea deverá durar oito anos e conta com o apoio de cientistas do Brasil, Costa do Marfim, Índia, Indonésia, México e Uganda. O Pnuma fornece suporte na implementação do projeto.