Segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA), a quantidade de árvores em produção se manteve em pouco mais de 1,34 mil na cidade. Porém, em todo o Estado de São Paulo, o cultivo diminuiu. Caiu de quase quatro milhões para três milhões de árvores. A produção também baixou de quase 10 milhões de caixas para pouco mais de 7,6 milhões.
Por enquanto, o preço ainda deve continuar baixo. Em plena colheita, a Ceagesp, maior central de abastecimento da América Latina, deve receber 15 mil toneladas por mês até junho, 10% a mais que no ano passado. No local, a poncã está entre os produtos mais vendidos.
O economista Flávio Godas diz que o valor cobrado na Ceagesp é entre R$ 1 e R$ 1,20 o quilo. Com isso, o produtor deve receber em torno de R$ 0,50 a R$ 0,60 na origem. Porém, o economista da Ceagesp acredita que o preço deve melhorar no segundo semestre.
? A partir de agosto, a tendência é que o volume caia e o preço aumente. Em dezembro, principalmente. O último trimestre é época de elevação de preço sem dúvida alguma ? concluiu o economista da Ceagesp.
Os pés estão carregados. Neste ano, cada árvore do pomar do fruticultor Luís Antônio Picchi Martins deve render em média duas caixas de tangerina.
Com preço baixo, assim como no ano passado, o produtor desistiu da colheita. Quase metade da produção não deve ficar no pé.
? Depois a gente colhe, joga no chão e enterra para evitar algum problema de doença. Não tem valido a pena ? diz Martins.
No município de Louveira, a 80 quilômetros da capital paulista, onde está o sítio do fruticultor, desde 2005 não foi plantado nenhum pé novo de tangerina poncã.