Agência Brasil
O presidente da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicaf), Paulo César, afirmou nesta quinta, dia 27, que a agricultura familiar do Rio de Janeiro está preparada para fornecer produtos para a merenda escolar do Estado e até atender outros mercados.
? Temos a capacidade de fornecer para o Rio e até para outros Estados. Além disso, estamos fornecendo um produto com preço abaixo do mercado convencional, disse Paulo César, ao participar de seminário da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) sobre compras de alimentos para a merenda escolar por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
A Lei de Alimentação Escolar do município do Rio de Janeiro determina, por exemplo, que 30% do orçamento seja destinado para compra de produtos da agricultura familiar. O objetivo é oferecer merenda saudável, com produtos frescos e de qualidade. Além disso, é uma forma de incentivo e apoio aos trabalhadores do meio rural.
? Traz uma grande oportunidade para os agricultores familiares colocarem os seus produtos nos mercado de alimentos e nas escolas. Evita também que os produtos circulem grandes distâncias, porque os alunos estão próximos do sistema de produção ? disse o secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Adoniram Sanches Peraci.
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Para os produtores, a Lei da Alimentação Escolas beneficia a vida no campo.
? Neste momento, estamos sendo muito valorizados. A lei melhora nossa qualidade de vida, social, econômica e ainda contribui para preservar o meio ambiente ? destacou Paulo César.
Além de benefícios à saúde, o consumo de alimentos saudáveis e locais traz conhecimento, explicou Peraci.
? É uma oportunidade de regionalizar e resgatar os hábitos alimentares e evitar uma padronização em um país tão complexo e plural como nosso. O Brasil rural tem vários sabores, alimentos, doces e muitos estavam fora do circuito comercial. Agora, o setor público resgata esses alimentos que estavam esquecidos para alimentação escolar ? concluiu Paulo César.
