O rebanho tem 13 milhões e meio de cabeças. Pelo menos 95% dos animais devem ter sido vacinados no mês de maio, segundo a Secretaria da Agricultura e Pecuária. Os números finais devem ser divulgados em duas semanas junto com o início de um movimento para buscar o status de zona livre da aftosa sem vacinação.
? Já são oito anos sem aftosa, o que dá condições para apenas fiscalizar ? comentou o produtor rural Benevenute Bofill.
O deputado estadual Jerônimo Goergen (PP), autor do projeto do novo Código de Defesa Sanitária Animal do Estado lidera o grupo que quer iniciar o processo de retirada da vacina
? Temos que ser pró-ativos elaborando esta agenda, cumprindo os passos. No meu ponto de vista, precisamos agora de investimentos em estrutura de fiscalização para que o Rio Grande do Sul possa mostrar aos mercados internacionais o quanto é positiva sua regra sanitária ? afirmou o deputado.
Mas a iniciativa encontra resistência.
? Eu não vejo razão nenhuma, nem de ordem econômica, nem de ordem sanitária, nem de ordem política para se buscar este status. É uma insensatez, uma temeridade ? disse o criador Fábio Gomes.
A presidente da Associação Brasileira de Criadores de Devon, Elisabeth Cirne Lima, tem a mesma opinião:
? É óbvio que este é um status que não queremos, mas a gente tem que avaliar prós e contras. O custo é muito caro para reverter se a decisão for errada ? justificou Elisabeth.
O projeto para retirada da vacinação deve durar no mínimo dois anos, segundo a Secretaria de Agricultura do Estado. o governo aposta na conscientização dos produtores para aumentar os cuidados com o trânsito e a origem dos animais.