Imagens de destruição ambiental nos EUA intensificam pressões sobre a British Petroleum

Pesca está vetada em um terço das águas do Golfo do MéxicoEnquanto o vazamento de petróleo não é controlado, imagens chocantes de aves cobertas de preto dão uma ideia dos estragos provocados nos EUA. Como reação, o país anunciou a cobrança de US$ 69 milhões da British Petroleum (BP).

O valor, equivalente a R$ 125,5 milhões, é referente às despesas do governo para reduzir os resultados da pior catástrofe ecológica da história dos EUA e “reembolsar os contribuintes”, segundo o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs. A pesca está vetada em um terço das águas do Golfo do México, devido à mancha de petróleo, que se aproxima da Flórida.

A BP, responsável pela plataforma que explodiu e afundou em abril, informou ontem ter conseguido algum avanço em sua tentativa de interromper o vazamento.

A companhia conseguiu cortar o cano pelo qual o petróleo vaza, utilizando uma espécie de “tesoura gigante”, e tentará agora colocar um funil para sugar a maré negra para as embarcações na superfície, informou o almirante Thad Allen, da Guarda Costeira americana. O almirante revelou também que a BP jogou ao mar cerca de 4 milhões de litros de dispersante para combater a mancha de petróleo ? técnica que, segundo muitos especialistas, pode provocar muitos problemas no fundo do mar, afetando a vida marinha.

Allen descarta, por enquanto, a possibilidade de deter o vazamento com uma explosão nuclear. A ideia envolve provocar uma pequena explosão atômica capaz de derreter a rocha em volta do poço e deter o fluxo de petróleo.

? Antes de considerar essa opção, há muitas outras a serem tentadas ? completou ele.

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse ontem que está “furioso” com a situação no Golfo do México, e que a BP não se moveu suficientemente rápido para resolver o problema.