O alerta de que os produtores ? no Rio Grande do Sul chegam a 130 mil ? precisam aumentar a produtividade e diminuir os custos foi feito no Fórum Nacional de Lácteos, encerrado ontem, em Erechim.
? É certo que teremos crescimento de produção. Só nesta região (Alto Uruguai) temos 33 milhões de litros de leite por mês que chegam às fábricas. Essa quantidade pode ser maior. Mas para isso precisamos melhorar nossa qualidade e produtividade ? afirma Wolmar Gasparin, da Emater de Erechim.
O alto custo de produção, estimado em cerca de R$ 0,65 por litro pelo Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), dificulta a conquista de mercados e emperra o crescimento sustentável do setor local. Em maio, o produtor ganhou, em média, R$ 0,72 por litro. E, para poder competir com o leite argentino e uruguaio, por exemplo, é necessário baixar os custos.
? Eles (argentinos e uruguaios) conseguem produzir um litro por R$ 0,45. Mas para isso têm boa produtividade, que chega a ser até quatro vezes superior à nossa ? conta Darlan Palharini, presidente do Sindilat.
O caminho definido durante o encontro é longo e pretende organizar toda essa cadeia produtiva. Investir em pesquisa e em nutrição, apostar na genética animal, impulsionar a assistência técnica, atender com rigor às exigências de sanidade e capacitar gerencialmente as propriedades são os requisitos básicos para que o setor do leite no Rio Grande do Sul continue crescendo.