Milho

Previsão de nevasca nos EUA gera tensão entre produtores de milho

Expectativa é que o comportamento climático norte-americano continue sendo um fator importante a ser acompanhado, podendo impactar as cotações do cereal na Bolsa de Chicago

Foto: Pixabay

A colheita de milho nos Estados Unidos atingiu 49% da área até o último domingo, dia 21. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os trabalhos vêm progredindo ante o que foi visto no mesmo período do ano anterior, quando 37% da área havia sido colhida.

Além dos bons avanços, as condições das lavouras continuam apresentando alto potencial, com 68% das áreas em boas e excelentes condições, contra 66% em relação ao  ano anterior. Neste ciclo 2018/2019, 20% da safra está em situação regular e 12% com condição entre ruim e muito ruim.

Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), esse alto potencial produtivo do milho pode ser impactado. Isso porque há previsão de tempestades e nevascas no país norte-americano. Nesse sentido, o USDA trouxe em seu novo relatório de oferta e demanda uma redução de 0,32% na produção estimada da safra 2018/2019, ficando agora prevista em 376,61 milhões de toneladas.

A expectativa é que o comportamento climático nos EUA continue sendo um fator importante a ser acompanhado, podendo impactar as cotações na Bolsa de Chicago (CBOT) em curto prazo.

Argentina

Nesta última semana, foi divulgado pela Bolsa de Cereais de Buenos Aires o relatório de panorama agrícola semanal, apresentando os avanços da semeadura de milho para a safra 2018/2019 na Argentina.

Com bom nível de umidade presente no solo das regiões de Santa Fé e Buenos Aires, foi possível acelerar os trabalhos nas lavouras e com isso, a semeadura do cereal já alcançou 32,6% da área estimada na última quinta-feira, 18, contra 28,5% em relação ao mesmo período da média dos últimos cinco anos.

No entanto, em Córdoba, os trabalhos no campo avançam em ritmo lento e exibem atraso de 5 pontos percentuais, com apenas 9% da área cultivada, reflexo, dentre outros fatores, da falta de chuvas na região.

Assim, de forma geral, os trabalhos vêm avançando dentro do esperado, no entanto, com as condições climáticas ainda incertas na Argentina, esse período demanda atenção, visto que qualquer anomalia climática pode refletir nos preços do cereal.

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