Cabanhas Itapororó e Santa Marta unem atividades em novo criatório de equinos

Parceria se dará ao longo do ano, para resultados a partir de 2011A Cabanha Itapororó, de Alegrete (RS), e a Estância Santa Marta, de São Borja (RS), uniram suas atividades no desenvolvimento da raça crioula. Um novo criatório para unir a genética e a funcionalidade de cada uma delas será formado.

A parceria se dará ao longo deste ano, para os resultados na parte funcional começarem a aparecer em 2011. Na morfologia, deve demorar mais um pouco, explica Nestor de Moura Jardim Neto, um dos proprietários da Itapororó. As propriedades estão a cerca de cem quilômetros de distância, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul.

Nem Jardim Neto nem Jaime Franco, administrador da Santa Marta, informaram os valores envolvidos, mas pessoas próximas às negociações asseguram que houve a injeção de cerca de R$ 4 milhões para a formalização do negócio, que começou a ser alinhavado durante o remate de 50 anos da Trajano Silva, em abril.

Ambas as cabanhas têm linhagem chilena em seus plantéis. A Itapororó começou o criatório há cerca de três décadas e soma 68 exemplares em cria. A Santa Marta, de propriedade de Alexandre Fenacchi, industrial do ramo de vernizes em São Paulo, conta com 80 éguas, em um investimento que começou há quatro anos. A parceria envolve apenas a parte do crioulo de cada uma das propriedades.

? Vi na parceria a possibilidade de fortificar o negócio. Ainda temos várias coisas para afinar sobre a parceria, mas provavelmente faremos um remate em dois anos ? afirma Jardim Neto.

Franco, da Santa Marta, diz que o negócio une uma genética tradicional com uma visão empresarial:

? Vamos potencializar melhor as virtudes de cada uma, focando também a parte comercial.

Para o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), Roberto Davis, o negócio é bom para a raça porque comprova o nível de exigência na morfologia e em competições:

? A meta é fazer uma cavalo crioulo cada vez melhor.