Com uma nova Copa do Mundo em andamento, a ‘Brasileirinha’ com seu “traje” bicolor voltou a chamar a atenção. O pesquisador Leonardo Boiteux conta que, no início dos anos 90, pesquisadores da Embrapa Hortaliças encontraram numa plantação de abóboras verdes, próxima ao Distrito Federal, uma planta com frutos de duas cores. Foram coletadas sementes e as pesquisas mostraram que se tratava de uma mutação genética.
? Naquela ocasião, pensamos numa abóbora ornamental, com a cores da bandeira do Brasil. Com essa perspectiva, iniciamos o cruzamento para desenvolver frutos com os tons de verde e de amarelo mais vivos, melhorar a forma e aumentar a resistência a doenças ? lembra o pesquisador. Ele acrescenta que as pesquisas também demonstraram que a característica bicolor da abóbora aumentava a quantidade de antioxidantes, quando comparada com outras cultivares.
Boiteux destaca a rusticidade da ‘Brasileirinha’, “um material que enfrenta várias condições de cultivo e pode ser plantado em todas as tradicionais regiões produtoras do País”, com o mesmo sistema de produção aplicado a outros tipos de abóboras.
Apesar do seu visual, que convida a compor uma decoração, o pesquisador informa que além do aspecto ornamental, a ‘Brasileirinha’ pode ser consumida como uma abóbora comum ? refogada, recheada, em saladas, etc. E torce para que, nesta Copa, a “mascotinha” divida o seu sucesso com a vitória da seleção brasileira.