O dólar encerrou o pregão desta quarta-feira, dia 7, com queda de 0,5%. Após duas sessões consecutivas em alta, a moeda norte-americana se desvalorizou e terminou cotada a R$ 3,7395 para venda.
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a mistura de otimismo com o cenário externo e cautela com o interno fez com que o dólar tivesse um dia de grande volatilidade, operando entre os campos positivo e negativos por diversas vezes até encerrar a sessão com recuo.
O que pesou internamente foi o momento de transição do governo. “Estamos passando por um momento de acertos e desacertos com quem vai assumir e isso pesou no câmbio”, afirmou o gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio, Reginaldo Galhardo.
A derrota do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nas eleições legislativas trouxe otimismo ao mercado externo. Para Galhardo, o líder norte-americano perdeu a comodidade que tinha no Congresso. “Agora fica a dúvida se ele conseguirá implementar tudo que vinha falando, como as brigas com a China e outros países”, diz.
Galhardo prevê que a moeda norte-americana seguirá apresentando volatilidade diante das incertezas políticas no Brasil amanhã. “Qualquer discurso na política pode mudar a direção do mercado para cima ou para baixo, então seguiremos vendo volatilidade, mas com o câmbio girando na casa que está hoje, perto dos R$ 3,70”, conclui.
O Banco Central manteve as operações tradicionais de swap cambial, sem efetuar leilões extraordinários para venda futura da moeda norte-americana.
O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), fechou em baixa de 1,08%, com 87.714 pontos. As ações da Petrobras acompanharam a tendência de queda, encerrando o pregão com menos 2,98%.