O mercado de soja seguiu com poucos negócios no Brasil nesta terça, dia 13. Os produtores continuam focados no plantio. Mas os preços reagiram na maioria das praças, seguindo a elevação do dólar.
A recuperação foi limitada pela queda dos contratos futuros em Chicago e pelo recuo dos prêmios.
Bolsa de Chicago
Os contratos futuros fecharam com preços mais baixos. O mercado não sustentou os ganhos iniciais, absorvendo a forte queda do petróleo e a valorização do dólar frente a outras moedas.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou a venda de mais de 276 mil toneladas por parte de exportadores privados para destinos não revelados.
As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 1,3 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 8 de novembro, conforme o USDA. O mercado esperava algo em torno de 1,1 milhão de toneladas.
Além disso, há a expectativa de avanços nas negociações entre EUA e China para encontrar uma solução para a guerra comercial entre os dois países. O secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, retomou as conversas com o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, sobre um acordo para reduzir as tensões comerciais, antes da reunião dos presidentes no fim do mês.
Soja no mercado físico – por saca de 60 kg
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- Passo Fundo (RS): R$ 82
- Cascavel (PR): R$ 78,50
- Rondonópolis (MT): R$ 72
- Dourados (MS): R$ 74,50
- Porto de Paranaguá (PR): R$ 85,50
- Porto de Rio Grande (RS): R$ 85,50
- Porto de Santos (SP): R$ 85,50
- Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 86
- Confira mais cotações
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Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel
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- Novembro/2018: US$ 8,67 (-4,50 cents)
- Janeiro/2019: US$ 8,78 (-5 cents)
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Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 1,70, sendo negociada a US$ 303,90 por tonelada, com desvalorização de 0,55%. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 27,55 centavos de dólar, com baixa de 0,16 centavo ou 0,57%.
Milho
Segundo o analista de Safras & Mercado Paulo Molinari, o mercado ainda está digerindo as informações das novas definições da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para os fretes, tentando recalcular os preços CIF. Os preços não tiveram grandes alterações.
A semana também é mais calma por conta do feriado.
Bolsa de Chicago
O mercado internacional do milho foi influenciado pela forte queda nos preços do petróleo, o que contaminou os mercados de commodities em geral. O grão terminou o dia com desvalorização.
Ainda que os agentes estejam focados na colheita norte-americana, as atenções começam a se voltar ao clima para o desenvolvimento das lavouras na América do Sul.
O bom desempenho das inspeções de exportação de milho contribuiu para evitar perdas maiores nos preços do cereal. As inspeções chegaram a 1,1 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 8 de novembro, segundo USDA. Na semana anterior, haviam atingido 1,3 milhão de toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado foi de 406 mil toneladas.
Milho no mercado físico – por saca de 60 kg
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- Rio Grande do Sul: R$ 40
- Paraná: R$ 33
- Campinas (SP): R$ 38,50
- Mato Grosso: R$ 26
- Porto de Santos (SP): R$ 36,50
- Porto de Paranaguá (PR): R$ 36
- São Francisco do Sul (SC): R$ 36
- Veja o preço do milho em outras regiões
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Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel
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- Dezembro/2018: US$ 3,66 (-4,75 cents)
- Março/2019: US$ 3,77 (-4,50 cents)
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Café
Dia de preços firmes no Brasil. Apesar da queda do arábica na Bolsa de Nova York, o mercado se manteve sustentado pela forte valorização do dólar.
O ritmo de negócios seguiu lento, com o comprador dando preferência para comprar direto do produtor e em quantidades “picadas”.
Com as cooperativas está mais difícil negociar, pois os valores estão bem abaixo das indicações de venda.
Bolsa de Nova York
O café arábica encerrou as operações com preços acentuadamente mais baixos. Segundo o consultor de Safras & Mercado Gil Barabach, as cotações caíram no dia em meio às rolagens de contratos de dezembro para março.
A alta do dólar contra o real e outras moedas voltou a pressionar para baixo o café. A forte desvalorização do petróleo também contribuiu para as perdas do café e de outras commodities.
Barabach afirma que a tranquilidade no abastecimento global, diante das safras recordes no Brasil e Vietnã, segue como fundamento baixista permanente no mercado. Assim, a bolsa vai testando a linha de US$ 1,10 a libra-peso.
Bolsa de Londres
O robusta fechou com preços pouco alterados em Londres. Segundo traders, o mercado teve uma sessão de busca de ajuste técnico, com cobertura de posições vendidas limitando as perdas diante de tantos aspectos baixistas.
A queda do arábica na Bolsa de Nova York, as perdas do petróleo e a subida do dólar contra o real e outras moedas pressionaram também Londres.
Apenas fatores técnicos impediram as perdas e levaram o mercado a fechar praticamente no zero-a-zero.
Café no mercado físico – por saca de 60 kg
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- Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 425 a R$ 430
- Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 430 a R$ 435
- Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 365 a R$ 370
- Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 325 a R$ 330
- Confira mais cotações
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Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – por libra-peso
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- Dezembro/2018: US$c 109,20 (-0,95 cents)
- Março/2019: US$c 112,75 (-1,25 cents)
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Café robusta na Bolsa de Londres (Liffe) – por tonelada
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- Novembro/2018: US$ 1.656 (+US$ 2)
- Janeiro/2019: US$ 1.666 (+US$ 2)
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Boi gordo
Mesmo com o feriado da próxima quinta, dia 15, e o período de primeira quinzena do mês, fatores que normalmente resultam em aumento da demanda, até o momento este movimento tem sido mais tímido. As informações são da Scot Consultoria.
Em algumas regiões, as indústrias conseguiram alongar as programações de abate com boiadas de confinamento e, com as programações preenchidas, as empresas mantêm as ofertas de compra nos mesmos patamares ou ofertam preços menores pela arroba.
“Já os frigoríficos que estão com escalas de abate mais curtas ofertam preços maiores, porém, de maneira gradativa, alinhando a oferta à demanda vigente, que está patinando”, diz a Scot Consultoria.
Nestas regiões, a oferta de animais terminados está menor e, mesmo com o lento escoamento, as indústrias têm de ofertar preços maiores.
No mercado atacadista de carne bovina com osso, o boi casado de animais castrados está cotado, em média, a R$ 9,96 por quilo, estabilidade frente ao fechamento anterior.
Reposição
Com o início da campanha de vacinação contra a febre aftosa, a última semana foi marcada por menor liquidez no mercado de reposição. No balanço geral, na média de todas as categorias de machos e fêmeas anelorados e estados pesquisados pela Scot Consultoria, as cotações fecharam a semana com ajuste positivo de 0,5%.
Esse cenário de firmeza nos preços é em função do aquecimento da demanda e redução da oferta de animais, dizem os analistas.
Já as categorias mais eradas ganham valorização em função da maior demanda para a recria ou terminação destes animais em pasto.
Para o curto prazo, o mercado deve se manter com baixa liquidez, em função da campanha de vacinação.
Boi gordo no mercado físico – arroba à vista
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- Araçatuba (SP): R$ 147
- Triângulo Mineiro (MG): R$ 140
- Goiânia (GO): R$ 136
- Dourados (MS): R$ 145
- Mato Grosso: R$ 130 a R$ 133
- Marabá (PA): R$ 132
- Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,60 (kg)
- Paraná (noroeste): R$ 149,50
- Sul (TO): R$ 134,50
- Veja a cotação na sua região
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Dólar e Ibovespa
A cotação da moeda norte-americana encerrou o pregão desta terça, dia 13, em alta de 1,98%, cotada a R$ 3,8313 para venda. O dólar mantém a tendência de alta com o fechamento anterior também em valorização de 0,55%.
Na última sexta-feira, dia 9, a moeda fechou com uma série acumulada em queda, cotada a R$ 3,7350. O Banco Central seguiu com as ofertas tradicionais de swaps cambiais, sem leilões extraordinários de venda futura do dólar.
O Ibovespa, índice da B3, bolsa de valores de São Paulo, fechou esta terça-feira em baixa de 0,71%, com 84.914 pontos. Os papéis das grandes empresas, chamadas de blue chip, acompanharam a tendência, com Petrobras encerrando com queda de 4,03%, Bradesco com menos 1,80% e Itaú com desvalorização de 0,37% .
Previsão do tempo para quarta-feira, dia 14
Sul
A frente fria avança ainda mais pela região no decorrer da quarta-feira. Agora, os temporais vêm grande volume de água, ventos fortes e risco de granizo entre o centro-norte do Rio Grande do Sul até o oeste paranaense, passando pelo centro-oeste catarinense.
A temperatura chega a cair nesses locais na comparação com os dias anteriores, porém não chega a fazer frio. No sul gaúcho, o dia começa com chuva forte e perde intensidade no decorrer do dia.
Já nas demais áreas de Santa Catarina e Paraná, a chuva chega entre a tarde e a noite. O calor segue intenso durante o dia. Atenção para as fortes rajadas de vento e raios nessas localidades.
Sudeste
Os ventos que sopram do quadrante norte ganham intensidade, por conta da aproximação de uma frente fria. Essa situação é conhecida como pré-frontal, que tende a elevar as temperaturas antes da chegada da frente fria.
Dessa forma, o calor aumenta em relação ao dia anterior em toda a região, especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. Com a combinação de calor e umidade, chove em forma de pancadas rápidas e isoladas no oeste e norte paulista, na serra fluminense e em grande parte de Minas Gerias e do Espírito Santo.
Centro-Oeste
A chuva retorna para Mato Grosso do Sul, com risco para temporais na metade sul do estado. Em Goiás e em Mato Grosso, também chove, mas com volumes menos expressivos que nos dias anteriores. Sensação de tempo abafado em todos os estados.
Nordeste
O tempo instável continua no interior do Nordeste, com previsão para pancadas de chuva e volumes expressivos na divisa da Bahia com Minas Gerais. Entre o norte baiano e o norte do Maranhão, a condição ainda será para tempo firme e com pouca variação da nebulosidade.
Na faixa litorânea do leste nordestino pode chover fraco.
Norte
Volta a chover no Amapá, mas ainda não são esperados volumes expressivos. A chuva é irregular e sempre alternada por períodos de tempo firme.
No Acre e no Amazonas, a chuva é mais frequente e com volumes um pouco maiores. Tempo abafado na região.