O resultado prático do estudo dos dois institutos de pesquisa foi apresentado nesta semana com a primeira fábrica de argamassa ambiental no Rio de Janeiro. A empresa Argamil investiu R$ 8 milhões nas instalações em Santo Antônio de Pádua e o Banco de Fomento do Rio de Janeiro (Investrio), R$ 2 milhões para viabilizar o projeto.
A fábrica tem capacidade de produzir 1,24 tonelada por mês do produto e a iniciativa também conta com apoio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
Os institutos avançaram na pesquisa da argamassa ambiental a partir da utilização dos resíduos produzidos pelas serrarias que cortam, à beira dos rios, rochas conhecidas como pedras miracema e madeira, para aproveitamento em revestimento de pisos e paredes na construção civil.
A nova técnica, além de reciclar a água poluída, gera um resíduo sólido que, após secagem, pode ser utilizado na formulação da argamassa. Segundo o Cetem, a argamassa ambiental permitirá economia de outras substâncias minerais como a cal ou o calcário, que serão substituídos pelo pó de rocha na formulação da argamassa.