Segundo o Iapar, em 15 anos, o serviço de Alerta Geada ajudou a economizar R$ 20 milhões em replantio de mudas, no Paraná. Os especialistas dizem que a margem de acerto é de 100%, ou seja, durante esse período nunca os produtores tiveram o trabalho de proteger o cafezal à toa.
O clima é monitorado por uma equipe do Iapar, em parceria com o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), em estações meteorológicas instaladas em todo o Estado. Quando os mapas revelam a chegada de geadas, o alerta é disparado. O produtor cadastrado no serviço recebe a informação por e-mail. Mas também pode acessar os dados por telefone, de graça, e através do site do Iapar. A pesquisadora da entidade, Everly Morais, antecipa: este inverno não tem surpresas, mas não descuide, tem previsão de geadas.
? Este inverno não tem nenhum fenômeno, como El Niño, ou La Niña influenciando. É bem provável que venha a ocorrer geadas normalmente, como é previsto para a estação de inverno e o que a gente faz é monitorar cada frente fria que chega do sul ? disse Everly.
Neto e filho de cafeicultores, em Londrina, no Paraná, o produtor Roberval Aparecido da Silva era criança quando a geada de 1975 dizimou o cafezal da família. Porém, atualmente sua lavoura está saudável. Além do manejo adequado, o produtor conta com o serviço de alerta geada do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), implantado há 15 anos e que ele utiliza desde o início. Há 10 anos, quando o Estado passou por uma forte geada, ele salvou três mil mudas e evitou mais de R$ 3 mil em prejuízo.
? Em 2000, nós tivemos uma geada que queimou bastante o cafezal. Nessas mudas pequenas, em que foi feito o enterrio, salvou 90% das mudas. Nas mudas maiores, foi feito o chegamento de terra e aí teve brotação no tronco ? explicou Silva.