Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira, dia 3, com preços em alta, mas perto das mínimas do dia. Ainda assim, as cotações dos principais contratos tiveram alta superior a 1%.
A trégua na guerra comercial definida pelos presidentes dos Estados Unidos e da China durante a reunião do G20 em Buenos Aires animou o mercado. Depois de atingir o melhor nível em seis meses, o mercado corrigiu parte dos ganhos, com os players optando por realizar lucros.
No último sábado, dia 1º, Donald Trump disse a Xi Jinping que não vai impor tarifas de 25% sobre US$ 200 bilhões de produtos chineses a partir de 1º de janeiro – como anunciado anteriormente. Em troca, a China se comprometeu a comprar mais produtos agrícolas norte-americanos, do setor de energia, indústria, entre outros.
SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL
- Janeiro/2019: US$ 9,05 (+11 cents)
- Março/2019: US$ 9,17 (+10,25 cents)
Brasil
A trégua entre EUA e China levou o mercado brasileiro de soja a reavaliações, resultado em poucos negócios e preços mistos. O preço do grão subiu e o dólar caiu, comportamentos que limitaram a movimentação.
SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Passo Fundo (RS): R$ 80
- Cascavel (PR): R$ 78
- Rondonópolis (MT): R$ 70,50
- Dourados (MS): R$ 74
- Santos (SP): R$ 83,50
- Paranaguá (PR): R$ 81,50
- Rio Grande (RS): R$ 82,50
- São Francisco (SC): R$ 83
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Milho
O milho fechou a segunda-feira, dia 3, em alta na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). O mercado acompanhou o desempenho da soja e encontrou suporte na trégua de 90 dias decretada pelos governos dos Estados Unidos e da China, fato que vai permitir o diálogo entre os governos para solucionar a guerra comercial entre os países.
O mercado também avaliou o desempenho das inspeções de exportação norte-americanas de milho, que ficaram acima do esperado. As inspeções de exportação norte-americana de milho chegaram a 1,035 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 29 de novembro, conforme relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL
- Março/2019: US$ 3,82 (+4,25 cents)
- Maio/2019: US$ 3,89 (+4,25 cents)
Brasil
O mercado brasileiro abriu a semana com ritmo lento na comercialização. Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, de Safras & Mercado, os produtores passam a retrair a intenção de venda.
“Em contrapartida, os principais consumidores do país ainda apontam para uma posição de relativo conforto em seus estoques. É importante ressaltar que a aquisição de milho tende a ser mais complicada durante o primeiro bimestre, com a logística concentrada no escoamento da soja”, diz Iglesias.
MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Rio Grande do Sul: R$ 39
- Paraná: R$ 33
- Campinas (SP): R$ 40
- Mato Grosso: R$ 19
- Porto de Santos (SP): R$ 36
- Porto de Paranaguá (PR): R$ 35,50
- Porto de São Francisco (SC): R$ 35,50
- Veja o preço do milho em outras regiões
Boi Gordo
O mercado esteve calmo e com poucos negócios nesta segunda-feira, mas, ainda assim, a cotação da arroba do boi gordo subiu em sete praças pecuárias consultadas pela Scot Consultoria. A pouca oferta de boiadas pressionou as cotações onde as indústrias não conseguiram alongar as escalas de abate na semana passada, como nas regiões no norte mineiro e em Belo Horizonte (MG).
Nessa última, a alta foi de 0,3%, chegando a R$ 147 à vista, e as escalas de abate atendem, em média, três dias, o que abriu espaço para negócios acima da referência. Em Rondônia a valorização foi de R$ 1 por arroba.
De acordo com a Scot, a dificuldade em adquirir matéria-prima vem desde novembro. A arroba subiu 1,5% desde o início do último mês.
No mercado atacadista, a maior demanda do início de dezembro pressionou positivamente as cotações da carne com osso, segundo a consultoria. O boi casado de animais castrados está cotado em R$ 9,97 o quilo, alta de 0,5% na comparação diária.
BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA
- Araçatuba (SP): R$ 148
- Triângulo Mineiro (MG): R$ 143
- Goiânia (GO): R$ 136
- Dourados (MS): R$ 145
- Mato Grosso: R$ 129 a R$ 133,5
- Marabá (PA): R$ 132
- Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,85 (kg)
- Paraná (noroeste): R$ 151,50
- Paragominas (PA): R$ 139,5
- Tocantins (sul): R$ 134
- Veja a cotação na sua região
Café
As operações na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerraram as operações com preços acentuadamente mais
baixos.
Segundo traders, o mercado foi sustentado pelo desempenho de outras commodities, diante de uma baixa do dólar contra o real e outras moedas, especialmente de países emergentes. O petróleo subiu e outras commodities também avançaram, o que trouxe sustentação ao mercado do arábica em Nova York.
Entretanto, os fundamentos de ampla oferta global mantiveram as cotações sob pressão, limitando os ganhos.
CAFÉ ARÁBICA NA BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO
- Março/2019: US$c 107,8 (+0,25 cent)
- Maio/2019: US$c 110,7 (+0,25 cent)
Londres
As operações com café robusta na Bolsa de Londres encerrou as operações da segunda-feira com preços mais baixos. A sessão foi volátil e Londres acabou apresentando uma reversão ao terreno negativo.
Em parte do dia, a alta do petróleo e em outros mercados sustentou as cotações. Mas fatores técnicos determinaram o movimento baixista.
CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA
- Janeiro/2019: US$ 1.566 (-US$ 14)
- Março/2019: US$ 1.590 (-US$ 7)
Brasil
O mercado brasileiro de café teve uma segunda-feira de preços entre estáveis e mais baixos. Com a Bolsa de Nova York tendo apenas leve alta para o arábica, as cotações foram pressionadas no país pela desvalorização do dólar. O dia foi moroso na comercialização.
CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 435 a R$ 440
- Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 440 a R$ 445
- Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 360 a R$ 3650
- Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 323 a R$ 325
- Confira mais cotações
Dólar
O dólar comercial fechou a negociação em baixa de 0,31% nesta segunda, cotado a R$ 3,841 para a compra e a R$ 3,843 para a venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,8170 e a máxima de R$ 3,8450.
PREVISÃO DO TEMPO PARA TERÇA-FEIRA, DIA 4
Sul
O ciclone extratropical no oceano se aproxima cada vez mais da costa do Rio Grande do Sul. Como consequência, são previstas rajadas de vento de mais de 70 km/h no litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Além disso, esse mesmo sistema que dá origem a uma frente fria gera condições para pancadas de chuva fraca e isolada na região sul do estado, como em seu litoral.
Os ventos úmidos aumentam a nebulosidade na faixa leste entre Santa Catarina e Paraná e dão condições para pancadas isoladas e fracas nessas regiões.
Em relação às temperaturas, o começo do dia tem mínimas baixas e sensação de frio, principalmente nas áreas de planalto. À tarde, ainda que com predomínio de sol, as temperaturas voltam a subir, o que gera grande contraste térmico.
Sudeste
As instabilidades migram para o norte de Minas Gerais, na divisa com a Bahia. Nessas localidades, a chuva ainda é muito forte, em forma de pancadas com trovoada e condições para transbordamento de rios e alagamentos de vias.
No Espírito Santo, a chuva diminui em volume, mas ainda persiste em forma de pancadas mais fracas. Sobre o leste de São Paulo, sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro, há chances para chuva em forma de pancadas pontuais e baixos acumulados. A nebulosidade varia ao longo do dia, e com aberturas de sol, o tempo fica abafado.
As temperaturas voltam a subir em especial no estados de São Paulo e Rio de Janeiro, se comparado com o dia anterior.
Centro-Oeste
O tempo firme predomina em Mato Grosso do Sul, sul de Mato Grosso e de Goiás. Nessas áreas faz calor à tarde.
Nas demais áreas do Centro-Oeste, ainda temos a atuação de um corredor de umidade e condição para chuva a qualquer hora do dia. Os volumes devem ser elevados, podendo passar dos 40 mm acumulados. As temperaturas não sobem por causa do tempo instável.
Nordeste
A chuva continua volumosa em diversos pontos do Nordeste, situação que deve ajudar os produtores do interior. No litoral, entre Sergipe e Rio Grande do Norte, chuva leve de manhã, com calor a tarde.
Já no litoral da Bahia, a frente fria ainda atua, deixando o tempo nublado desde o litoral sul até a capital, com elevados volumes de chuva e possíveis transtornos.
Norte
Elevados núcleos de precipitação persistem na faixa que vai do Amazonas até o Tocantins. Chuva volumosa também em Belém e Macapá, devido à Zona de Convergência Intertropical.