Conforme comunicado da companhia, os meses de janeiro e fevereiro foram marcados por fortes altas em praticamente todos os setores, em virtude, principalmente, da adversidade climática (excesso de chuvas e altas temperaturas). O setor de verduras foi o mais prejudicado pelo clima desfavorável. Como no período ainda havia aumento da demanda, o setor registrou em fevereiro a maior elevação na composição do índice: 33,19%.
No segmento de legumes houve forte alta em fevereiro e março. Segundo a Ceagesp, produtos importantes do setor, como tomate, tiveram redução no volume ofertado, por causa das chuvas em Santa Catarina e na Região Sudeste. O preço do tomate, por exemplo, varia normalmente entre R$ 1,20 a R$ 1,50 o quilo, mas saltou 233%, alcançando até R$ 5 o quilo no atacado e agora retomou níveis normais.
O setor de frutas acumula elevação de 7,08% no semestre, impulsionado, principalmente, pela alta de preços da laranja – produto com grande representatividade no índice -, cujo período de entressafra se estendeu até o fim de abril.
O setor de diversos (cebola, batata, amendoim, coco seco e ovos) encerrou o semestre em alta de 9,15%. De acordo com a Ceagesp, a pressão é resultado da menor oferta, em virtude das chuvas na região Sul e também na Argentina. As chuvas ocorreram basicamente no primeiro trimestre, porém, comprometeram a oferta de todo o semestre, informa o economista Flávio Godas, da Ceagesp. O setor de pescados, mesmo com a alta de 13,29% em junho, fechou o semestre com queda acumulada de 1,29%.
O economista acrescenta que os preços no setor de diversos devem permanecer em queda, por causa da expectativa de recuo dos preços da batata. Segundo ele, existe expectativa de ligeira retração nos preços do setor de pescados, por causa do menor consumo nesta época do ano. Já o segmento de frutas deve apresentar estabilidade nas cotações. No inverno, o desenvolvimento e a maturação das frutas ocorrem mais lentamente em boa parte dos produtos, explica Godas.