O mercado de milho perde força no exterior, enquanto no Brasil se projetam os efeitos da colheita de soja sobre os preços do frete para o cereal.
Acompanhe os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias:
- Mercado externo sem força para recuperação nos preços;
- Demanda de exportação para milho nos Estados Unidos é apenas normal;
- A demanda interna no segmento de etanol se acomoda, com baixas nos preços do petróleo;
- Os preços baixos da soja ainda mantêm o foco de corte de área em 2019 nos EUA, com provável elevação no plantio de milho;
- O mercado aposta em algum sinal positivo no trigo para dar suporte ao milho;
- A China tem pouca ou nenhuma influência direta sobre o milho, pois acabou de revisar seus estoques para 200 milhões de toneladas, quase uma safra inteira em estoque;
- O mercado externo simplesmente ignora o quadro climático sul-americano deste momento;
- No Brasil, o mercado apresenta outro perfil de negócios para o período entre janeiro e maio: a colheita da soja se inicia, a logística torna-se complicada para o milho e os fretes sobem;
- Será mais difícil observarmos lotes de milho de média e longas distâncias
atenderem os polos de consumo do Sul, Sudeste e Nordeste; - Chance de alta de preços pelo menos até março/abril;
- A “safrinha” será plantada mais cedo e o mercado interno terá que estar preparado com bom fluxo do cereal destinado à exportação a partir de julho;
- O fenômeno climático El Niño ainda atua no mercado, apesar de ainda não estar confirmado em dezembro;
- A perspectiva é de preços em alta para janeiro no mercado interno.