Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a sexta-feira, dia 28, com preços mais altos. O mercado recuperou-se das perdas da semana, com base nos problemas com a safra brasileira e também pelo cenário de menor aversão ao risco no financeiro global.
A baixa umidade registrada no mês de dezembro deve impor perdas superiores ao esperado para o Brasil. Além dos estados do Paraná e do Mato Grosso do Sul, problemas de produtividade estão sendo registrados no Mato Grosso, São Paulo e Goiás.
“Ainda é cedo para uma maior clareza sobre o tamanho das perdas, visto que os trabalhos de colheita estão iniciando de forma isolada, mas podemos considerar que 10% da produção brasileira está em risco devido a relevância das produções estaduais do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.”, projeta o analista de Safras & Mercado Luiz Fernando Roque.
Segundo o especialista, no momento, a única certeza é que o Brasil não irá colher uma safra superior à do ano passado, consolidada em 120,8 milhões de toneladas. A nova estimativa da consultoria para a produção brasileira da safra 2018/2019 deverá ser divulgada no dia 11 de janeiro, já trazendo atualizações sobre as perdas produtivas nas lavouras brasileiras.
SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL
- Janeiro/2019: US$ 8,82 (+13,75 cents)
- Março/2019: US$ 8,95 (+13 cents)
Brasil
Sem liquidez, o mercado brasileiro de soja encerrou a sexta-feira, último dia de operações do ano, sem negócios e com preços de estáveis a mais baixos. Dólar recuou e Chicago subiu, mas sem atrair os negociadores.
O produtor prefere priorizar o cuidado com as lavouras. Em algumas regiões, o momento é de avaliar a queda no potencial produtivo. A estiagem deve reduzir a produção e evitar a colheita de uma safra recorde no país.
SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Passo Fundo (RS): R$ 77,50
- Cascavel (PR): R$ 72,50
- Rondonópolis (MT): R$ 70
- Dourados (MS): R$ 76
- Santos (SP): R$ 80,50
- Paranaguá (PR): R$ 79
- Rio Grande (RS): R$ 79
- São Francisco (SC): R$ 80,50
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Milho
A Bolsa de Chicago para o milho fechou com preços mais altos, seguindo a vizinha soja e buscando suporte em um movimento de compras por parte de fundos especuladores. O sentimento de menor aversão ao risco favorece o mercado financeiro e contribui para a valorização do cereal. Na semana, porém, a posição março/2019 acumulou queda de 0,79%.
A queda do dólar frente a outras moedas, a alta nos preços do petróleo e a expectativa de que a China poderá seguir comprando bons volumes de grãos dos Estados Unidos completam o quadro positivo na sessão.
MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL
- Março/2019: US$ 3,75 (+1 cent)
- Maio/2019: US$ 3,83 (+1 cent)
Brasil
Com muitos agentes fora de atividade, o mercado se arrastou e manteve as cotações inalteradas, ante as festividades de Ano Novo.
MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Rio Grande do Sul: R$ 38
- Paraná: R$ 34
- Campinas (SP): R$ 42
- Mato Grosso: R$ 27
- Porto de Santos (SP): R$ 39
- Porto de Paranaguá (PR): R$ 38,50
- Porto de São Francisco (SC): R$ 38,50
- Veja o preço do milho em outras regiões
Café
O mercado brasileiro de café teve uma sexta-feira de preços estáveis ante as festividades de fim de ano e, assim, não refletiu as perdas do arábica na Bolsa de Nova York e a baixa do dólar.
CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 410 a R$ 415
- Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 415 a R$ 420
- Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 330 a R$ 335
- Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 300 a R$ 305
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Nova York
O café arábica encerrou as operações com preços mais baixos. Segundo traders, o mercado mais uma vez caiu diante dos fundamentos baixistas.
A ampla oferta global seguiu pesando sobre as cotações, em ano de safra recorde no Brasil, Vietnã e com outras origens também com boas produções. A tranquilidade no abastecimento global pesa sobre os preços.
CAFÉ ARÁBICA NA BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO
- Março/2019: US¢ 100,95 (-0,80 cent)
- Maio/2019: US¢ 104,10 (-0,80 cents)
Londres
O robusta encerrou as operações da sexta com preços mais altos. O mercado apresentou um movimento de recuperação técnica, de acordo com traders.
A valorização do petróleo estimulou a atividade na ponta compradora. Mas, em linhas gerais, fatores técnicos foram determinantes para os ganhos.
CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA
- Janeiro/2019: US$ 1.528 (+US$ 13)
- Março/2019: US$ 1.545 (+US$ 11)
Boi gordo
O cenário do mercado do boi gordo é o esperado para uma véspera de semana curta e feriado prolongado de final de ano. Ou seja, volume mínimo de negociações. De acordo com o fechamento realizado pela Scot Consultoria, os negócios pontuais relacionados ao preenchimento de lacunas nas escalas.
Das 32 praças pesquisadas pela Scot Consultoria, no fechamento de sexta-feira, dia 28, houve alta em 3 e queda em outras 5 regiões, considerando o preço do boi gordo.
Para a próxima semana, com a volta das negociações, a expectativa é de manutenção de pecuaristas fora das compras, mas com possíveis negócios acima da referência em frigoríficos com programações mais curtas.
A variação do boi gordo em São Paulo foi de 3,1% entre o começo de janeiro e o fechamento do ano, menor que a inflação acumulada em doze meses, de 3,86%.
BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA
- Araçatuba (SP): R$ 151
- Triângulo Mineiro (MG): R$ 146
- Goiânia (GO): R$ 139
- Dourados (MS): R$ 141
- Mato Grosso: R$ 131 a R$ 136
- Marabá (PA): R$ 133
- Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,95 (kg)
- Paraná (noroeste): R$ 150,50
- Paragominas (PA): R$ 138
- Tocantins (sul): R$ 134
- Veja a cotação na sua região
Dólar e Ibovespa
O dólar comercial encerrou a sessão de sexta em queda de 0,43%, sendo negociado a R$ 3,8770 para venda e a R$ 3,8750 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,8330 e a máxima de R$ 3,8970.
Na semana, a moeda acumulou queda de 0,51%, enquanto no mês, registrou alta de 0,57%. No trimestre, o dólar comercial teve queda de 3,98%. Já ,o ano, fechou com alta de 16,95%.
Previsão do tempo para segunda-feira, dia 31
Sul
Segunda-feira, dia 31
Na segunda-feira, o calor se intensifica ainda mais no Sul do País e as máximas se aproximam dos 40°C em algumas regiões de Vale. Não chove entre o leste do Paraná e o litoral norte de Santa Catarina, além da região da Campanha gaúcha. Nas demais áreas do Sul, a maior parte do dia será aproveitável e com variação de nebulosidade e somente a partir da tarde é que chove de forma isolada, com algumas trovoadas. A hora da virada tende a ser de tempo firme na maior parte das áreas.
Terça-feira, dia 1
Em Florianópolis, a chuva chega na madrugada da terça-feira. O primeiro dia do ano tem previsão de que as instabilidades diminuam cada vez mais no Sul, e o tempo firme predomina em grande parte dos três Estados, com temperaturas bastante elevadas.
A chuva ocorre durante a tarde em formas de pancadas, especialmente na fronteira oeste gaúcha. Para os próximos dias, uma baixa pressão que se desloca do Paraguai para o Rio Grande do Sul favorece temporais entre quarta-feira e quinta-feira. Além disso, uma frente frente fria consegue avançar e colabora para os temporais.
Sudeste
Segunda-feira, dia 31
O tempo fica ainda mais aberto em São Paulo e somente em Minas Gerais e cidades paulistas mais próximas da sua divisa é que formam nuvens carregadas e chuvas rápidas no fim da tarde, também que atingem uma cidade e outra não. Isso também acontece no interior do Rio de Janeiro. Entre Espírito Santo e centro, oeste e norte de Minas, a chuva acontece a qualquer hora.
Na Grande Belo Horizonte, não se descarta granizo. O calor está garantido em todas as áreas, mesmo com a chuva. Aliás, as temperaturas aumentam bastante no Vale do Ribeira. Na hora da virada, chove em Belo Horizonte e Vitória, mas não entre Rio e São Paulo.
Terça-feira, dia 1
Como a massa de ar tropical predomina e não passa nenhuma frente fria, o padrão de verão segue predominando com temperaturas elevadas e pancadas de chuva pontuais.
A tendência é de que a chuva mais volumosa atinja áreas serranas entre o Rio de Janeiro e Minas Gerias.
Centro-Oeste
Segunda-feira, dia 31
A previsão de muita chuva no Centro-Oeste. Os acumulados ficam ainda bastante elevados entre Goiás, Distrito Federal e centro e norte do Mato Grosso. A chuva ocorre a qualquer hora, intercalada a períodos de tempo nublado. Tem previsão de chuva na hora da virada em Goiânia, Brasília e Cuiabá. Em Mato Grosso do Sul também chove, mas entre períodos de melhoria mais longos e de maneira mais localizada.
Terça-feira, dia 1
A instabilidades perdem força sobre Goiás, onde as pancadas ficam mais isoladas e com menores volumes. Entretanto, a chuva forte, com elevados acumulados continua castigando o Mato Grosso, inclusive Cuiabá.
Nordeste
Segunda-feira, dia 31
O último dia do ano continua sob influência de uma massa de ar seco na maior parte do sertão e litoral leste do Nordeste. De Salvador a Natal o dia segue com tempo firme e favorável às atividades de lazer ao ar livre. Pela manhã, chega a fazer um friozinho fora de época, mas a tarde segue quente. As chuvas isoladas ainda acontecem do sul da Bahia ao Maranhão. Mas, mesmo assim, não tem previsão de chuva na virada de ano em todo o Nordeste.
Terça-feira, dia 1
A chuva retorna para o Ceará. Essa chuva que ocorre desde o Maranhão até o Ceará vem em forma de pancadas rápidas, podendo ser mais intensa no litoral do Maranhão, por conta dos ventos úmidos que sopram do oceano contra a costa. Entretanto, em toda a região o que se destaca é o calor, com dias de sol aproveitáveis nos principais pontos turísticos.
A tendência é de que esse padrão de tempo firme na maioria das capitais permaneça, e as chances de pancadas isoladas durante a tarde ficam restritas ao sul da Bahia, Piauí e Maranhão.
Norte
Segunda-feira, dia 31
A chuva associada ao calor e umidade da Amazônia ainda não dá trégua, e ocorre sobre a maior parte da Região Norte do país. A chuva aumenta no litoral do Pará. Por outro lado, as instabilidades perdem intensidade apenas em Roraima, onde o sol deve voltar a predominar.
Terça-feira, dia 1
O ano começa com temperaturas elevadas, sensação de abafado e condições para chuva em forma de pancadas rápidas. Os maiores volumes, entretanto, seguem no norte do amazona, sul do Tocantis e região de Santarém.
O padrão tropical continua nos próximos dias, com sensação de tempo abafado e pancadas localizadas.