Bastante irritado, Cassol rebateu as críticas de que o Estado dele e Mato Grosso encabeçam a lista dos campeões de desmatamento. Segundo o governador, a derrubada da floresta é feita, na maioria das vezes, por estrangeiros que se concentram em área de fronteira, onde não há presença do Exército.
Na audiência, Cassol também reclamou da falta de políticas de desenvolvimento sustentável na Amazônia e sugeriu que fosse criada a Contribuição Social Sustentável, um imposto para financiar a preservação da Amazônia nos moldes da Contribuição Social para a Saúde (CSS).
? Precisamos de ajuda sim, mas não só de garganta, disso eu já estou cheio. Precisamos de recursos, de dinheiro para investir na Amazônia ? cobrou.
Cassol criticou “quem defende a Amazônia de dentro de uma sala com ar-condicionado em Brasília e não conhece de perto a realidade de quem vive na região”.
? Às vezes parece que os bichos e as árvores são mais importantes que as pessoas ? afirmou.
O governador também reclamou da gestão da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva e da falta de articulação entre órgãos federais e estaduais de meio ambiente.
? É preciso cobrar também das multinacionais, dos bacaninhas americanos que reclamam dos desmatamento, mas continuam comprando nossas matérias-primas ? argumentou.
Ao se dirigir ao governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, Cassol disse que os dois “são parceiros de pancada”, em referência às criticas que vêm recebendo pelos altos índices de desmatamento em seus Estados.