Nesta segunda a fila somava 98 navios, mais da metade aguardava o embarque de açúcar. Com a quebra na safra de outros países, principalmente na Índia, o Brasil ficou com a responsabilidade de abastecer grande parte do mercado mundial. O grande movimento de embarcações começou em maio e deve se estender até setembro. O consultor de infraestrutura, Marcos Vendramini, critica as formas de negociação entre importadores e exportadores.
? No sistema FOB, o comprador escolhe o navio, o porto e o momento de embarcar. Quem compra não faz planejamento junto à autoridade portuária. Se fizesse venda CIF e deixasse o navio e o embarque a cargo do exportador, evitaria muito contratempo.
Além da concentração de embarques em um único período do ano, outro fator que tem atrasado o trabalho é a chuva. A operação com o produto a granel só pode ser feita com tempo firme. E, com o mau tempo previsto para os próximos dias, os navios que estão fundeados a mais de 10 quilômetros da orla santista devem iniciar o processo de embarque somente no mês de setembro. E a situação que pode piorar caso continue chovendo.
Mas também há boas noticias: pelo menos em médio prazo. Em dois anos, o Porto de Santos deverá ter condições de também escoar a produção em períodos de chuva, de acordo com o presidente do Conselho de Autoridades Portuárias, Sérgio Aquino.