João Carlos Müller é diretor de uma empresa que há seis anos vende ovos para países da África e do Oriente Médio. Ele diz a conquista de mercado não é nada fácil:
? Hoje, você chegar num país novo querendo vender ovos exige uma tramitação muito grande entre governos, entre ministérios. Sozinho, independente, como empresa, é muito difícil. Então, através de uma associação com força política, a gente poderia conseguir entrar nesses países.
Representantes da União Brasileira de Avicultura apresentaram o projeto para aumentar as exportações pedindo atenção para o que exige o mercado internacional e as boas práticas na produção de ovos.
? O nosso produto ovo precisa de um bom trabalho de controle de sanidade. A gente se preocupa muito. É um grupo agora que está se juntando de uma forma mais sólida, mas isso não acontecia no passado. Assim como nós temos na avicultura a nossa classificação sanitária, é muito importante que as poedeiras também tenham este controle para não trazer um problema, porque um problema deles é um problema nosso ? afirma o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Luiz Fernando Ross.
As exportações de ovos atingiram quase 16 mil toneladas de janeiro a junho no primeiro semestre. Houve uma redução de 14% em relação ao mesmo período do ano passado. Mas a meta é triplicar as vendas até 2012.
? A carne de aves chegou em 154 mercados porque tem uma marca, já é uma grife no mundo. O ovo brasileiro pode ter a mesma grife, seguir o mesmo caminho. Lá fora, nós não abrimos espaço ainda. Há todo um processo de certificação para a gente fazer e chegar. Estamos muito focados nos países árabes. Temos lá fora um campo para crescer muito com a exportação de ovos e, aqui dentro, para aumentar a média de consumo, que é óbvio, vai aumentar rapidamente ? afirma o presidente da UBABEF, Frâncico Turra.