Usina volta a moer cana após acordo com manifestantes

Ex-cortadores haviam fechado a entrada da unidade em protesto pelo atraso no pagamento de salários e rescisõesA usina Galo Bravo, em Ribeirão Preto (SP), voltou a processar cana-de-açúcar e a produzir álcool e açúcar neste final de semana, após ficar parada desde a última quarta, dia 4, quando ex-cortadores fecharam a entrada da unidade em protesto pelo atraso no pagamento de salários e rescisões. A diretoria da usina negociou um pagamento de R$ 500 ainda esta semana aos cortadores e o restante em parcelas quinzenais de até o mesmo valor até o acerto dos atrasados.

? Nós negociamos com os manifestantes e conseguimos a liberação da usina sem a necessidade da reintegração de posse ? disse Alexandre Balbo, representante dos donos dos ativos da Galo Bravo, que foi abandonada pelo empresário Ricardo Mansur em julho, 11 meses após assumir a gestão da companhia.

Na sexta, dia 6, advogados da companhia recorreram à Justiça para que a entrada fosse liberada, mas houve acordo antes de o pedido ser julgado.

De acordo com Balbo, cada dia de paralisação representou um prejuízo de R$ 400 mil entre pagamento de salários de 600 funcionários que estavam sem trabalhar, e da venda que seria feita do açúcar e do álcool produzidos. Além da crise pontual, a Galo Bravo tem R$ 450 milhões de dívidas com credores, R$ 200 milhões com bancos, e ativos avaliados em R$ 220 milhões.